04/23 2013

Como Jesus Ensinava

0.1 "Jesus não exige que seus discípulos creiam nele, mas, antes, que creiam com ele, que acreditem na realidade do amor de Deus e que aceitem com plena confiança a convicção da certeza da filiação com o Pai celestial. O Mestre deseja que todos os seus seguidores partilhem plenamente de sua fé transcendental. Jesus, de uma forma muito enternecedora, desafiou seus seguidores não apenas a acreditar no que ele acreditava mas também como ele acreditava. É esta a significação plena de seu requisito supremo: 'Siga-me'." [196:0.13] (p2089,3)

0.2 "'Seguir Jesus' significa partilhar pessoalmente sua fé religiosa e entrar no espírito da vida do Mestre, espírito este de servir de forma abnegada ao homem. Uma das coisas mais importantes da vida humana é descobrir o que Jesus acreditava, quais eram seus ideais, e lutar para alcançar este propósito grandioso da vida. De todo o conhecimento humano, o que tem maior valor é conhecer a vida religiosa de Jesus e como ele a viveu." [196:1.3] (p2090,4)

 

1. Ele recebeu uma ampla educação intelectual e espiritual no começo de sua vida.

1.0.1 "O espírito divino não faz contato com o homem mortal por meio de sentimentos ou emoções mas sim no domínio dos pensamentos mais elevados e mais espiritualizados. São os vossos pensamentos e não as vossas emoções o que vos conduz a Deus. A natureza divina pode ser percebida somente com os olhos da mente mas a mente que verdadeiramente discerne a Deus, que escuta o Modelador interior, é a mente limpa. "Sem santidade nenhum homem poderá ver Deus". Toda esta comunhão interior e espiritual é denominada percepção espiritual. Tais experiências religiosas são o resultado da impressão que a atuação combinada do Modelador e do Espírito da Verdade produz sobre a mente do homem conforme eles atuam sobre e por entre idéias, ideais, percepções e esforços espirituais dos filhos evolutivos de Deus." [101:1.3] (p1104,6)

1.0.2 "A única contribuição do homem para o crescimento é a mobilização do total de poderes de sua personalidade - a fé viva." [100:3.7] (1097,4)

1.0.3 "Os hábitos que favorecem o crescimento religioso compreendem a sensibilidade cultivada em direção aos valores divinos, o reconhecimento da vida religiosa nos outros, a meditação ponderada sobre os significados cósmicos, a solução dos problemas dignos de louvor, o ato de compartilhar a vida espiritual com os semelhantes e de evitar o egoísmo, a recusa a presumir a misericórdia divina e de viver como na presença de Deus. Os fatores do crescimento religioso podem ser intencionais, mas o crescimento religioso em si é invariavelmente inconsciente." [100:1.8] (p1095,3)

1.1 Ele fazia perguntas. Seus pais respondiam suas perguntas constantes durante sua infância: "ele não fazia outra coisa senão perguntar." [123:2.3] (p1358,1)

1.1.1 Mais tarde, ele prosseguiu fazendo "muitas perguntas embaraçosas, tanto a respeito da ciência como da religião..." [123:6.6] (p1365,1)

1.2 Ele instituiu uma vida ativa na prece. Após suas preces de praxe, ele sempre tinha "uma pequena conversa com meu Pai no céu." [123:3.6] (p1360,2)

1.3 Sua vida caseira estava estruturada num sistema de envolvimento dos pais na educação dos filhos. [123:2.5] (p1358,4)

1.4 Ele cuidava das plantas, desenhava mapas, estudava as estrelas e adquiriu fluência em três línguas. [123:3.1] (p1358,5)

1.5 Ele esteve em contato com muitos buscadores da verdade pois sua família possuía uma cópia rara das escrituras. [123:3.1] (p1359,2)

1.6 Ele aprendeu, logo no começo, sobre a administração financeira feita de forma prudente ao gerir os fundos que provinham das vendas de pombos. [123:4.4] (p1361,4)

1.6.1 Mais tarde, após a morte de José, ele assumiu a responsabilidade pela direção dos assuntos familiares. [126:2.1] (p1388)

1.7 Ele recebeu instrução moral e espiritual em casa e sua educação teológica e intelectual veio do Chazan, na Sinagoga de Nazaré. [123:5.8] (p1363,2)

1.8 Ele cuidou do desenvolvimento da habilidade no trato social e gastou bastante tempo misturando-se com o povo, conseguindo conhecê-los. [123:5.8] (p1.62,7)

1.9 Ele estudou matemática. [123:6.3] (p1364,6)

1.10 Ele estudou música. [123:6.5] (p1364,8)

1.11 Ele interagiu com os líderes religiosos: os escribas e os mestres no templo. [125:4.1-4] (p1381,4)

1.12 Ele fez cursos avançados de leitura e estava profundamente envolvido na educação espiritual e intelectual de seus irmãos e irmãs mais novos. [126:1.3] (p1387,4); [126:3.3] (p1389,6)

1.13 Ele desenvolveu várias habilidades vocacionais. [126:1.1] (p1387,2)

1.13.1 Um bom resumo das verdadeiras realizações de sua primeira educação pode ser encontrado em. [127:6.12] (p1405,4)

2. Ele se preparou para seu ministério público engajando-se no ministério e nas viagens pessoais.

2.1 Viagem ao mundo romano e seu ministério pessoal a mais de 500 pessoas. [130] (p1427)

2.1.1 Veja também comentários acerca de seu ministério pessoal durante esta viagem. [132:4.1] (p1460)

2.2 Viagem da caravana à região do mar Cáspio e as preleções do lago Urmia. [134:2-6] (p1484)

2.3 Ele viveu por mais de dois meses na Antióquia, "trabalhando, observando, estudando, visitando, ministrando, aprendendo como o homem vive, pensa, sente e reage ao meio ambiente da existência humana." [134:7.3] (p1492,4)

2.4 Ele passava um tempo com Deus e avaliava criteriosamente sua situação e suas oportunidades. [134:7] (p1307); [134:8] (p1492)

2.5 Recapitulemos os comentários dos Medianeiros sobre seu caráter aperfeiçoado, "O Auge do Viver Religioso." [100:7] (p1101)

3. A base cósmica de seu ministério.

3.1 Recapitulemos o pano de fundo de sua efusão. [120] (p1325)

3.2 Recapitulemos os fundamentos do sistema educacional de Nebadon. [37:6] (pág. 412)

3.3 Recapitulemos os objetivos básicos do ministério de Jesus. [140:8] (p1581)

3.4 Recapitulemos os objetivos que ele tinha quando instruindo seus discípulos e apóstolos. [141:7] (p1593)

3.4.1 Veja também "Quatro meses de Instruções". [137:7] (p1534)

4. Técnicas específicas e abordagens empregadas por Jesus.

4.1 Recapitulemos as instruções de Jesus, "Instruções para os Mestres e para os Crentes": "Ao ensinar o evangelho do reino, estais simplesmente ensinando a amizade com Deus." [159:3] (p1765)

4.2 Sua técnica usual nas relações sociais era a de encorajar as pessoas falar livremente, a fazerem perguntas quando conversavam com ele. [132:4.2] (p1460,7)

4.3 Ele usava parábolas construídas em torno de modelos e relações na natureza: a videira e os ramos, a semente da mostarda, o bom pastor.

4.4 Ele usava símbolos, particularmente aqueles que, na mente dos ouvintes, estavam associados às cerimônias religiosas: a luz do mundo, a água viva, o pão da vida.

4.5 Ele ensinava "conforme estava passando ..." [171:7] (p1874)

4.6 Seus ensinamentos eram adequados ao contexto no qual ele próprio se encontrava; ele não ensinava além da conta. [137:7.14] (p1535,7)

4.6.1 Com respeito a ensinar além da conta, veja os comentários sobre a abordagem empregada pelo estafe do Príncipe.[66:6.6] (p750,1)

4.7 Ele construía sobre o que seu ouvinte já havia entendido, aumentando e elevando seus ideais. Veja a interação com Gadiah e a história de Jonas. [130:1.2] (p1428)

4.8 Ele não atacava os erros achados nas crenças de seus ouvintes; ele era habilidoso em realçar a verdade nas escrituras ou nas filosofias, onde quer que ele as encontrasse. [132:0.4] (p1455,4)

4.9 Seus ensinamentos eram "dinâmicos de uma forma emocionante", ele "fazia o bem". [141:3.6] (p1590,2)

4.10 Ele não "se cansava" de ensinar; quando, usando como meio uma certa ilustração, ele falhava em chegar às mentes de todos os apóstolos, ele reformulava sua mensagem e tentava usar uma outra ilustração. [141:4.3] (p1590,7)

4.11 "Por várias vezes ele advertiu seus apóstolos contra a formação de credos e o estabelecimento de tradições como meio de guiar e controlar os crentes..." [141:5.4] (p1592,3)

4.12 "Trazei primeiro o povo para o reino; certifiquem-se de que eles conhecem Deus como seu Pai. Depois disto, pode ser apropriado discutir então os assuntos relacionados ao avanço progressivo da alma..." [141:5.2] (p1592,7)

4.13 Jesus não se preocupava com a vinculação de seu evangelho a outros ensinamentos. Quando João proibiu um estranho de ensinar em nome de Jesus, o mesmo Jesus disse "Não o proíba ... como podes esperar que todos os que crêem neste evangelho estejam sujeitos à tua direção?" [159:2.1] (p1764,3)

4.14 Ele se recusou a usar o poder para manipular o povo ou as situações com fins espirituais. [136:8.8] (p1521,3)

5. Como podemos participar da missão de Jesus?

5.1 Dedicando-nos à sua tarefa de atualizar o reino do céu em nosso mundo. Recapitule "O problema do Cristianismo" e "O Futuro". [195:9] (p2082)

5.1.1 "O desafio religioso desta era pertence àqueles homens e mulheres de percepção espiritual, perspicazes e com visão de futuro, que ousam construir uma nova e atraente filosofia de viver o resto de seus dias nos conceitos modernos, ampliados e primorosamente integrados, de verdade cósmica, de beleza universal e de bondade divina. Esta visão nova e justa de moralidade atrairá a tudo o que é bom na mente do homem e estimulará ao melhor da alma humana. A verdade, a beleza e a bondade são realidades divinas e à medida que o homem ascende na escala da vida espiritual estas qualidades supremas do Eterno coordenam-se e unificam-se cada vez mais em Deus, que é amor." [2:7.10](p43,3)

5.1.2 "O chamado à aventura de construir uma sociedade humana nova e transformada por meio do renascimento espiritual da irmandade Jesusoniana do reino deveria comover a todos os que crêem nele, como não se emocionavam os homens desde o dia em que caminharam pela terra como seus companheiros na carne." [195:10.6](p2084)

5.1.3 Recapitulemos suas últimas palavras de admoestação, antes de partir do nosso mundo, ao final de sua efusão: "...começai a nova proclamação do evangelho do reino... amai os homens com o amor com que vos tenho amado e servi vossos semelhantes mortais tal como vos tenho servido... Lembrai tudo o que vos tenho ensinado e a vida que vivi entre vós... Meu amor vos agasalha, meu espírito morará convosco e minha paz permanecerá sobre vós..." [193:5.2] (p2057,4)

 

Apresentado no Encontro de Leitores do Livro de Urantia no Brasil - Parque Nacional do Itatiaia – Rio de Janeiro, Brasil – 20 a 25 de Fevereiro de 2000.

 

Este trabalho utiliza citações do Livro de Urantia © 1955 Urantia Foundation
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