Para compreender o conceito de reencarnação pela ótica do Livro de Urantia, antes se faz necessário verificar o que se entende exatamente por reencarnar. Como no Brasil o espiritismo é a doutrina “reencarnacionista” mais popular, normalmente associamos esta idéia com a visão espírita que o mesmo indivíduo pode evoluir através de um ciclo indeterminado de renascimentos na carne.
Mas para algumas correntes budistas a visão é mais plausível pois estabelece que o que reencarna não é uma personalidade nem uma pessoa propriamente identificada, mas um “fluido vital” que pode animar várias pessoas diferentes. Tal fenômeno, a rigor, não pode ser chamado de reencarnação pois não é a personalidade (a mesma pessoa) que reencarna. Analisemos com atenção o texto do budista Luís Dantas, que procura diferenciar estas visões aparentemente parecidas:
No ponto mais alto da hierarquia celeste encontra-se Deus, também denominado a Causa sem Causa, o Absoluto; em cada ponto do universo todas as criaturas O adoram, sob centenas de nomes distintos.
Deus procura expressar sua natureza amorosa nos universos sem impor um absolutismo pessoal, e consegue graças à Trindade Absoluta, composta de Três Pessoas coexistentes desde a Eternidade, atuando sempre em unanimidade e, no entanto hierarquizadas. Cada uma das Três Pessoas da Trindade conserva um papel especial. A Trindade poderia ser simplificada da seguinte forma: O Pai representa a Mente; o Filho, a Palavra; e o Espírito a Ação.