04/18 2013

A Deidade

No ponto mais alto da hierarquia celeste encontra-se Deus, também denominado a Causa sem Causa, o Absoluto; em cada ponto do universo todas as criaturas O adoram, sob centenas de nomes distintos.

Deus procura expressar sua natureza amorosa nos universos sem impor um absolutismo pessoal, e consegue graças à Trindade Absoluta, composta de Três Pessoas coexistentes desde a Eternidade, atuando sempre em unanimidade e, no entanto hierarquizadas. Cada uma das Três Pessoas da Trindade conserva um papel especial. A Trindade poderia ser simplificada da seguinte forma: O Pai representa a Mente; o Filho, a Palavra; e o Espírito a Ação.

O Pai Universal - ou Primeira Fonte e Centro - despojou-se voluntariamente dos seus atributos (exceto da Volição ou Vontade Absoluta e da Paternidade, igualmente absoluta) em favor das outras Duas Pessoas da Trindade. Por conseguinte, o Pai é quem dispõe da Vontade final e concede a personalidade aos seres que desejam outorgá-la.

Na Criação há numerosas classes de seres inteligentes não “personalizados”, à espera precisamente de personalização; já para um ser humano ascendente a perda dessa personalidade seria o equivalente à morte cósmica ou a segunda morte.

O Filho Eterno - a Segunda Pessoa da Trindade - também é chamado de Segunda Fonte e Centro - é a expressão da Personalidade do Pai Universal. Sua missão consiste em revelar o Pai aos universos, porém essa revelação não é efetivada diretamente pelo Filho Eterno, mas por uma série de intermediários, conhecidos como os Filhos Criadores ou os Michaéis: soberanos criadores dos universos locais. O Soberano Criador do nosso universo local, Michael de Nébadon, conhecido por nós como Jesus de Nazaré, é um dos muitos Michaéis, filho do único Filho Eterno; Jesus foi confundido pelos escritores evangelistas como sendo a Segunda Pessoa da Trindade, na verdade Ele é filho do Filho Eterno.

Esse Michael, criador de Nébadon, ofereceu inigualável exemplo a todas as criaturas que habitam este universo local; em sua sétima e última efusão esse Filho Criador adquiriu a experiência completa como Filho do Homem, assumindo a seguir, com pleno direito, o título de Filho de Deus, Soberano Supremo do universo local que havia criado, antes de ter sofrido, fisicamente, as mesmas experiências sofridas pelos seres mortais que Ele criara. Jesus de Nazaré era a encarnação do Filho Criador Michael, agora Soberano desse universo local.

O Espírito Infinito - A Terceira Pessoa da Trindade, o chamado Espírito Infinito ou Terceira Fonte e Centro representa a ação; é a manifestação inteligente da vontade conjunta do Pai Universal e do Filho Eterno. Atua com prodigiosa variedade de meios, operando com infinita delicadeza.

Cada uma das Três Pessoas da Trindade manifesta-se por um Espírito. O Pai Universal tem a sublime faculdade de fracionar-se em “centelhas divinas“ pré-pessoais chamados de Ajustadores do Pensamento. Quando um ser humano toma sua primeira decisão moral - geralmente após os cinco anos de idade - o Pai Universal envia um destes fragmentos para que ele habite a sua mente. Isso proporciona ao ser humano a capacidade de conhecer a Deus, a necessidade de encontrá-lo e o desejo de parecer-se com Ele. Esses ajustadores preparam os mortais para a vida eterna, e em conjunto com a mente humana, faz nascer a alma. Não se deve deixar confundir o Ajustador do Pensamento com a consciência humana ordinária, pois essa é uma reação puramente psíquica e material, o Ajustador é espírito.

Deus, de uma forma geral, é um símbolo verbal que se usa para designar todas as personalidades da Deidade. Nestes escritos, o termo Deus é utilizado para os seguintes significados:

1. Deus o Pai: Criador, Controlador e Sustentador. É o Pai Universal e a Primeira Pessoa da Deidade.
2. Deus o Filho: Criador Coordenado, Controlador do Espírito e Administrador Espiritual. É o Filho Eterno e a Segunda Pessoa da Deidade.
3. Deus o Espírito: Ator Conjunto, Integrador Universal e Dispensador de Pensamento. É o Espírito Infinito e a Terceira Pessoa da Deidade.
4. Deus o Supremo: É o Deus do Tempo e do Espaço, expandindo-se ou evolucionando. Deidade Pessoal concebendo a identidade entre criaturas e Criador por associação e sua realização por experiência no Espaço-Tempo. O Ser Supremo executa pessoalmente a experiência de realizar a unidade da Deidade, como Deus evolutivo e experiencial das criaturas evolucionárias do Tempo e do Espaço.
5. Deus o Sétuplo: Personalidade da Deidade operando em todos os sentidos, de maneira efetiva no Tempo e no Espaço. São as Deidades Pessoais do Paraíso e seus associados criadores, operando dentro e fora das fronteiras do Universo Central. Personaliza seu poder como Ser Supremo no primeiro nível da criatura, unificando no Tempo e no Espaço a revelação da Deidade. Esse nível é o Grande Universo, a esfera de onde as personalidades do Paraíso descendem no Espaço-Tempo.
6. Deus o Último: Exteriorização do Deus do Supertempo e do Espaço transcendido. Segundo nível experiencial de manifestação da Deidade unificadora. Deus o Último inclina-se a conceber limpidamente a síntese dos valores discordante-superpessoais que transcendem o Espaço-Tempo e exteriorizam a experiência. Coordena-os nos níveis criadores finais da realidade divina.
7. Deus o Absoluto: O Deus experimentador dos valores superpessoais transcendidos e dos significados da Divindade agora existencial como Deidade absoluta. É o terceiro nível de expansão e de expressão da Deidade unificadora. Nesse nível supercriador, a Deidade esgotou o potencial personalizável, completou a divindade e vê estender-se a atitude de revelar-se a si mesma em níveis sucessivos e progressivos de personalizações diferentes. Neste ponto, a Deidade reencontra o Absoluto Incondicionado, contraria-se a si mesma e realiza a experiência de identificar-se consigo mesma.

Obviamente, tudo isso é pouco menos que indecifrável para nós humanos. Essa revelação reserva centenas de páginas na tentativa de tornar compreensível a idéia múltipla da Divindade. Ninguém pode conceber Deus claramente, mais que fora dos reinos da experiência humana. No entanto, o verdadeiro conceito da realidade de Deus é razoável para a lógica, plausível para a filosofia, essencial para a religião e indispensável para toda esperança de sobrevivência pessoal.

Pode-se pensar em Deus como Criador e, efetivamente, é o Criador Pessoal do Paraíso e do Universo Central de Havona. Entretanto, os universos do Tempo e do Espaço foram, todos eles, criados e organizados pelo Corpo Paradisíaco dos Filhos Criadores, e entre eles está Michael: Jesus de Nazaré.