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Alegrias do Serviço

O LIVRO DE URÂNTIA fala sobre as "alegrias do serviço" e isso é exatamente o que o nosso ministério da prisão do Livro de Urântia tem sido para mim. É uma resposta às minhas orações por um projeto de serviço digno que tenha a ver com o Livro de Urântia. É uma oportunidade para compartilhar os ensinamentos magníficos sobre a personalidade amorosa do Pai Universal com homens que estão com fome de ouvir.

Esta oportunidade de serviço surgiu porque um detento da Penitenciária do Estado de Oregon escreveu para a Fundação Urântia solicitando que alguém “de fora” fosse à prisão e instalasse um grupo de estudo do Livro de Urântia. Os prisioneiros não estão autorizados a se reunirem por conta própria, nem mesmo para fins religiosos, sem um colaborador de fora. Pat Murnin, da Associação Urântia de Oregon (AUO), e eu (não membro da AUO) tornamo-nos interessados nas possibilidades e decidimos fazer uma visita experimental há um ano.

Na primeira reunião onze detentos entusiasmados apareceram! Desde então temos tido, provavelmente, 50 prisioneiros diferentes participando de, pelo menos, um grupo de estudo e agora temos um grupo de cerca de sete prisioneiros que frequentam regularmente. Vários deles são ávidos leitores e crentes do livro, os quais contam aos outros sobre nosso grupo de estudo de Urântia. Desta forma novas pessoas continuam chegando. Além dos membros da AUO, outros leitores do Livro de Urântia de Oregon também se voluntariaram para estas reuniões. Todo mundo sai com o resplendor da alegria do serviço em seu rosto, prometendo voltar novamente para essa grande experiência de compartilhamento da verdade e da fraternidade.

Desde o início deste primeiro grupo de estudo na prisão, em abril de 2002, um dos presos deixou a Penitenciária do Estado de Oregon para ir à Instalação Correcional de Santiam, uma prisão de segurança mínima, também localizada em Salém, uma vez que ele será libertado em um ano, aproximadamente. Ele solicitou que começássemos um segundo grupo de estudo onde ele estava. A nosso pedido, a Fundação Urântia enviou duas caixas de livros para esta prisão e, agora, temos um pequeno grupo de estudo lá também. Em Santiam os presos são de curto período, uma vez que eles estão no seu caminho de saírem do sistema prisional, com isso existe uma alta rotatividade dos participantes do grupo de estudo. Estes homens estão tentando mudar suas vidas para se tornarem cidadãos moralmente responsáveis quando saírem. As verdades e a inspiração do Livro de Urântia deve ajudá-los a fazer isso mais facilmente.

Estes homens estão muito interessados no que o Livro de Urântia tem a dizer. Eles vêm do cristianismo, budismo e diversas outras bases religiosas. Eles estão animados para ouvir a mensagem do evangelho de que eles são filhos de Deus e que Deus nunca está com raiva, mas é um Pai amoroso cheio de misericórdia e de compreensão. Esses prisioneiros fazem perguntas penetrantes sobre a aventura eterna. Eles querem saber mais sobre os Ajustadores de Pensamento. Eles têm a mente aberta e seus corações estão receptivos às verdades divinas que são ensinadas ao longo das páginas da Quinta Revelação de Época.

Enquanto os detentos constantemente nos agradecem, “os de fora”, por fazer cada reunião possível, eu sei que estamos extraindo dessa experiência tanto quanto eles. Nós também estamos muito gratos pela oportunidade de compartilhar esta revelação com almas com tanta fome espiritual. Eu olho para frente, a cada visita à prisão, e sempre saio com o meu coração regozijando-se com o milagre da verdade de Deus penetrando através das paredes de cimento e arame farpado da Penitenciária do Estado de Oregon. Na verdade, com Deus, nada é impossível!

Detalhes e Logística

Para aqueles que possam estar interessados em ter um ministério da prisão do Livro de Urântia em seu estado ou região, eu gostaria de compartilhar o que aprendemos, até agora, na nossa experiência de manter grupos de estudo de Urântia na Penitenciária do Estado de Oregon (PEO) e na Instalação Correcional de Santiam (ICS), ambos localizados em Salém, Oregon.

No nosso caso, um prisioneiro que estava lendo o Livro de Urântia em PEO escreveu para a Fundação Urântia solicitando um grupo de estudo. A Fundação passou a solicitação para a Associação Urântia de Oregon, da qual um membro contatou o capelão da prisão para o agendamento de data e hora para mantermos os grupos de estudo. Eles também anunciaram nossos encontros no boletim de prisão. Existe um leitor do Livro de Urântia, muito entusiasmado, na PEO que encorajou muitas pessoas a virem aos nossos encontros. Além disso, um número de prisioneiros, ao ver o anúncio no boletim, fica curioso em saber o que é o Livro de Urântia. Já outros ouviram falar do livro em algum momento do seu passado e participam do grupo de estudo para conhecer.

Um participante regular do grupo de estudo da PEO foi transferido para a ICS. Ele solicitou ao capelão de lá um grupo de estudo de Urântia e, desta forma, fomos convidados a iniciar um segundo grupo na ICS, o que temos feito desde então.

Enquanto, no nosso caso em Oregon, fomos convidados a colaborar com grupos de estudo por detentos de dentro das prisões, eu acho que é perfeitamente possível para um indivíduo, ou a um grupo de leitores do Livro de Urântia, iniciar um grupo de estudo próprio. O "Ministério da Prisão" engloba a maior parte dos serviços voluntários oferecidos nessas instituições, as quais reconhecem que tais grupos religiosos são benéficos e recebem bem o nosso apoio.

Cada penitenciária estadual tem um capelão. Você deve contatá-lo a fim de organizar a sua primeira reunião. O capelão vai providenciar para que ela seja anunciada no boletim da prisão e vai deixar você ciente da hora, do local e das regras para a sua primeira reunião. Você pode conseguir o nome, número de telefone ou e-mail do capelão da prisão contatando a penitenciária.

Não espere que a burocracia da prisão se mova rapidamente. Podem levar meses desde o seu primeiro contato com o capelão até que você e seus voluntários tenham obtido a autorização de acesso pela segurança. Eles vão querer saber o nome, endereço, número de previdência social, carteira de motorista, data de nascimento, etc. de cada voluntário. É preciso pelo menos um mês ou mais para que esta informação seja verificada e, mesmo assim, ainda continuamos tendo problemas com nomes de voluntários que são retirados da lista na entrada da prisão ou até mesmo a perda da lista inteira de nomes. Além disso, você deve passar por um treinamento de voluntário preliminar antes de entrar na penitenciária, ou o mais breve possível depois de receber a permissão de acesso. O seminário de treinamento de meio dia que recebemos foi muito informativo e útil e eu sugiro que o faça o mais rápido possível, se estiver disponível.

Graças à AUI e à Fundação Urântia, cada penitenciária estadual em todos os Estados Unidos tem pelo menos um Livro de Urântia dentro dos seus muros. Percebemos, no nosso primeiro encontro, que já havia cerca de dez livros na Penitenciária do Estado de Oregon. Estes livros eram de propriedade de prisioneiros, individualmente, ou da capela, emprestados indiscriminadamente para os detentos que solicitassem. Ao longo dos últimos meses, graças a doações generosas, tanto da Fundação Urântia quanto da Associação, bem como de leitores individuais, outras seis caixas de Livros de Urântia tem encontrado o seu caminho dentro da PEO e da ICS. Estes livros são doados para a capela e tem a palavra "capela" estampada no interior da capa. Os Prisioneiros podem levá-los para suas celas e tê-los emprestados durante a sua passagem na PEO, mas devem devolvê-los à capela quando forem libertados.

Cada detento que participou de um grupo de estudo pediu para levar um Livro de Urântia à sua cela e alguns dos homens que frequentam regularmente pediram um segundo livro para dar a um companheiro de cela, ou a um amigo, que vem pedindo seu próprio livro emprestado com muita frequência. A PEO é como um buraco negro cheio de homens que estão devorando Livros de Urântia. É incrível! Mesmo que nem todos participem dos grupos de estudo, regozijamo-nos que estes homens, que tem tanto tempo em suas mãos, também tenham o Livro de Urântia disponível para leitura.

Nosso relacionamento com o capelão da PEO, agora, permite-nos levar livros para dentro da penitenciária, mas eles preferem que esses livros sejam enviados da editora (ou de distribuidores como a Amazon.com). Também nos foi possível trazer muitos livros “Como Eu Encontrei O Livro de Urântia”, compilado e editado por Saskia Raevouri, bem como “O Entendimento de Clyde Bedell do Livro de Urântia”, cartazes, subsídios para o grupo de estudo, etc.. Nós solicitamos permissão do capelão para fazer isso ao longo dos meses que estivemos lá.

Uma vez que um ministério da prisão de Urântia é estabelecido, é importante, para a estabilidade do grupo de estudo, que alguém “de fora” participe de todos os encontros agendados. Compartilhar o compromisso dentro de um grupo de leitores do Livro de Urântia garante que alguém sempre vai estar lá para realizar a reunião. Muitas vezes, os prisioneiros estão abrindo mão de outras regalias, como filmes ou jogos de beisebol, para participar do nosso grupo de estudo, por isso não queremos desapontá-los deixando de ir. O capelão nos sugeriu que tentássemos ter dois voluntários para participar por vez, para que, no caso de um cancelar no último minuto, o outro ainda possa garantir que a reunião ocorra. Há também um certo grau de conforto, especialmente no início do estabelecimento do grupo, em ter o voluntariado em pares. Jesus enviou os seus apóstolos de dois em dois e temos experimentado a sabedoria disso.

Depois de um ano, nós ainda não decidimos completamente sobre o formato do grupo de estudo. Começamos nossa leitura com o Documento 1, permitindo muito tempo para perguntas e discussões porque temos muitos leitores novos. Mas a leitura do Livro de Urântia em ordem não parece a melhor opção, pois temos, constantemente, novos leitores e alguns desses documentos, no meio da Parte I, podem ser confusos para alguém que está sendo introduzido ao Livro de Urântia pela primeira vez. É difícil encontrar algo que seja adequado para todos e essa complicação é pelo fato dos prisioneiros, e até mesmo dos voluntários, mudarem a cada reunião. Nós queremos que os encontros sejam espiritualmente ricos e inspiradores para estes homens, por isso, neste momento, procuramos escolher os documentos que sejam mais fáceis de entender e que proporcionem conforto espiritual. Eu acho que cada grupo de estudo é diferente e deve experimentar formatos até encontrar um que seja mais confortável.

Nós, voluntários “de fora”, vemos como nosso principal serviço proporcionar a oportunidade para os detentos se reunirem e discutirem esses conceitos, reforçando, assim, a sua leitura pessoal. Nós não queremos nos colocar como “especialistas” no Livro de Urântia. É um esforço constante para se lembrar disto, pois os prisioneiros, naturalmente, olham para nós desta maneira. Como em reuniões típicas de Urântia, cada um gosta de falar e dar suas próprias opiniões e interpretações sobre o que o livro está dizendo. Estes encontros são muito animados, mas todo mundo é educado e tolerante com ideias uns dos outros. Nós nos divertimos bastante. Nós rimos, saímos pela tangente, debatemos e conduzimo-nos da mesma forma como em qualquer típico grupo de estudo de Urântia. A maior diferença entre o grupo da prisão e um grupo regular é que aqui nós temos mais novos leitores e participantes novos ou mudando a cada reunião. Nós ainda estamos no processo de descobrir o que funciona melhor entre os nossos membros de grupo flutuante.

Oficialmente o nosso grupo de estudo se reúne por duas horas. No entanto, a primeira meia hora é, geralmente, um bate-papo informal enquanto esperamos a todos, de todos os blocos, chegarem. Além disso, uma meia hora adicional, antes e após a reunião, é necessária para que os voluntários passem pelo controle de segurança ao entrarem ou saírem da penitenciária. Somos escoltados para dentro e para fora pelo capelão da prisão. Nosso grupo se reúne em um pequeno quarto na parte de trás da capela. O presídio oferece cadeiras, mesa, água e ventiladores e Livros de Urântia extras são armazenados em um armário próximo para novos participantes. Budistas e grupos de Mórmons também se encontram em outras partes da capela simultaneamente com o nosso grupo de estudo de Urântia.

Uma vez que isso tenha se transformado em um projeto de serviço de longo prazo, vários leitores do LU “de fora”, que participam regularmente do grupo, tiveram um treinamento de 5 horas de duração, oferecido para todos os voluntários de prisão pelo Departamento de Correções de Oregon. Existem muitas regras e regulamentos para conhecer, sem contar que este treinamento também nos permite nos voluntariarmos sem requerer que nossos nomes sejam mantidos em uma lista na entrada do presídio. Nomes têm sido inadvertidamente retirados da lista ou, por vezes, a lista inteira tem sido perdida com a mudança dos guardas prisionais. Desta forma este treinamento torna tudo mais conveniente para todos os envolvidos.

A frequência em nossos grupos de estudo tem flutuado de tão poucos, como um, para até 25 prisioneiros, com o número médio de cerca de sete na PEO, não incluindo os voluntários externos. Há um punhado de prisioneiros que foram lendo o Livro de Urântia por conta própria, por algum tempo, e que são definitivos “crentes”. Uns poucos mais são leitores iniciantes, mas muito entusiasmados. Alguns participaram somente uma vez ou poucas vezes, pegando emprestado um livro para levar para suas celas, e nunca mais os vendo novamente. Todos nós sabemos que cada um tem sua própria velocidade de leitura do livro e de reconhecimento das verdades contidas nele. Por isso não estamos preocupados com quantos vem para o grupo de estudo. Ficamos felizes, apenas, com que estes homens estejam suficientemente interessados em levar o livro para suas celas e lê-lo do seu jeito.

Como voluntária, eu posso dizer que nunca me senti intimidada ou tratada com desrespeito por qualquer um dos muitos prisioneiros que participaram do grupo. Eu me sinto completamente confortável com esses homens, especialmente com aqueles que frequentam o tempo todo. Eu não hesitaria em ir sozinha para uma reunião, se a situação assim exigisse. Na verdade, sinto-me de alguma forma "protegida" por um casal de homens que sempre frequenta o nosso grupo e que cuida de mim se acontecer de eu estar perto de outros prisioneiros de outros grupos religiosos.

O capelão sugeriu-nos, quando começamos, que mantivéssemos os detalhes particulares das nossas vidas, e das suas vidas, fora da nossa discussão e tentamos fazer desta forma. Nunca perguntamos a qualquer um dos prisioneiros sobre as suas sentenças ou crimes e também não damos nossos sobrenomes ou outros dados pessoais. Com o tempo, no entanto, alguns detalhes surgem durante a discussão, como a nossa profissão. Contudo, percebemos que quando alguns desses presos forem libertados, eles poderão estar interessados em continuar a participar das reuniões de Urântia realizadas em nossas casas, sendo nossos números de telefone ou até mesmo os endereços de locais de grupo de estudo facilmente localizáveis. Conversamos e nenhum de nós sentiu receio caso este fato venha a ocorrer. Talvez nós tenhamos um grupo muito especial de homens que frequentam nossos encontros na PEO. Até agora nós não hesitaríamos em receber, após a sua libertação, aqueles que participaram regularmente do grupo da PEO em nossos grupos de estudo, em casa, sem medo.

É realmente um privilégio e uma alegria fazer parte deste serviço emocionante! Estou convencida de que eu ganho tanto, senão mais, com essa experiência do que os prisioneiros. Eu sou uma pessoa mais feliz por causa deste grupo de estudo na prisão!


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