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A Era de Luz e Vida

"Eu vi um novo céu e uma nova Terra e a nova Jerusalém..."

Introdução

A ERA DE LUZ E VIDA é o horizonte de todo o Grande Universo, que aguarda pelo magnífico momento em que todos os universos locais que o compõem estejam estabelecidos em Luz e Vida; todo o Grande Universo almeja este futuro glorioso, o florescimento das eras de expansão intelectual, de cultura social e de realização espiritual; o momento sublime da realização completa da experiência da imperfeição, a conquista soberana da perfeição e a factualização plena do Ser Supremo.

Toda a criação física do Tempo e do Espaço é de origem evolucionária. Não estão estabilizados os seus sóis, planetas e luas, nem mesmo fisicamente, e todos os universos somente estarão estabelecidos em Luz e Vida depois que as suas possibilidades físicas de expansão e desenvolvimento se hajam totalmente esgotado, e quando o status espiritual de todos os seus mundos habitados haja sido, para sempre, estabelecido e estabilizado.

Os sete superuniversos estão em evolução constante e terminarão por alcançar a perfeição quando atingirem o seu limite de crescimento na idade universal atual. Não há dúvida que na próxima era, a idade do primeiro nível do espaço exterior, os superuniversos estarão totalmente liberados das limitações do destino, tão características da idade atual. Os universos do Tempo e do Espaço não são perfeitos, mas a perfeição é o destino deles. A luta pela perfeição não pertence apenas aos níveis intelectuais e espirituais, mas também ao nível físico da energia e da massa.

O grupo de reveladores responsáveis pela confecção e entrega do Livro de Urântia não sabe afirmar com certeza o que acontecerá, de fato, após todos os sete superuniversos alcançarem o nível final de Luz e Vida, mas algumas conjecturas foram apresentadas: afirmam que, de acordo com os ensinamentos dos Melquisedeques, mudanças radicais ocorrerão na organização e administração das unidades da criação, abrangendo desde os mundos habitados por mortais até as sedes dos superuniversos. E admitem:

"Nenhum de nós tem uma idéia satisfatória sobre o que irá acontecer quando o grande universo (os sete superuniversos, enquanto dependentes de Havona) tornar-se inteiramente estabelecido em luz e vida. Esse, sem dúvida, será o acontecimento mais profundo nos anais da eternidade, desde o surgimento do universo central. Há aqueles que sustentam que o Ser Supremo, ele próprio, emergirá do mistério de Havona, que envolve a sua pessoa espiritual, e que ele irá tornar-se um residente da sede central do sétimo superuniverso, como o soberano Todo-Poderoso e experiencial das criações perfeccionadas, do tempo e do espaço. Mas, na verdade, não sabemos." [LU, pág. 636:6]

As Eras Planetárias

Desde o início da vida num planeta normal, até a época do seu florescimento final, surgem pelo menos sete épocas de vida humana. Essas sucessivas épocas são determinadas pelas missões planetárias dos Filhos divinos e tais eras surgem, normalmente, na seguinte ordem:

  1. Homem antes do Príncipe Planetário.
  2. Homem pós-Príncipe Planetário.
  3. Homem pós-Adâmico.
  4. Homem pós-Filho Magisterial.
  5. Homem pós-Filho Auto-outorgado.
  6. Homem pós-Filho Instrutor.
  7. A Era da Luz e Vida.

É importante frisar que esta seqüência ocorre em geral com os planetas normais, o que nem sempre acontece com planetas experimentais como Urântia; isso explica o fato de nosso mundo não ter seguido à risca estas eras sucessivas, além de um outro fator que tirou ainda mais nosso planeta do compasso que os mundos normais seguem: a Rebelião de Lúcifer (leia os documentos 53 e 54 do Livro de Urântia).

Tudo começa quando o planeta torna-se adequado para receber a vida e é cadastrado no registro dos Portadores da Vida. No devido momento esses Filhos são despachados para tal mundo com o propósito de iniciar a vida e acompanhar sua evolução até o aparecimento da raça humana. Este fato aconteceu em nosso mundo por volta de 1 milhão de anos atrás, quando nasceu o primeiro casal humano: Andon e Fonta.

1. O Homem antes do Príncipe Planetário

Do surgimento do homem até a chegada do Príncipe Planetário essas criaturas, dotadas de vontade e já "tocadas" pelos sete espíritos ajudantes da mente, são chamadas de homens primitivos. (Sete espíritos ajudantes, ver Livro de Urantia, pág 378)

Neste período surgem, por volta da época que o homem já desenvolveu uma linguagem simples e rudimentar, as seis raças primordiais do mundo: primeiro a raça vermelha, depois a laranja, a amarela, a verde, a azul, e a índigo, nesta seqüência, que é a ordem das cores do espectro.

A duração deste período pode variar de mundo para mundo, indo de 150 mil até mais de 1 milhão de anos. Em nosso mundo, este período durou aproximadamente 500 mil anos.

Os homens primitivos são caçadores poderosos e lutadores ferrenhos; nesta era o homem já está habituado a permanecer ereto. A lei predominante desta era é a da sobrevivência do mais forte e o governo é inteiramente tribal. Esta época é caracterizada por muitas guerras entre as tribos, e em muitos mundos uma raça acaba por eliminar outras. Em mundos normais e não-experimentais essa época é bem diferente das longas e brutais lutas do homem primitivo de Urântia.

Durante esta era, antes da chegada do príncipe planetário, os homens habitam as cavernas, mas já sabem construir cabanas e são capazes de acender e manter o fogo; com imaginação inventiva crescente e com o aperfeiçoamento dos utensílios, logo vencem os animais maiores e menos ágeis.

"As raças primitivas também fazem um uso extenso dos animais voadores maiores. Esses pássaros enormes são capazes de carregar um ou dois homens, de tamanho médio, em um vôo ininterrupto de mais de oitocentos quilômetros. Em alguns planetas, esses pássaros são de grande serventia, pois possuem uma ordem de inteligência bem elevada, sendo freqüentemente capazes de falar muitas palavras das línguas do reino. Esses pássaros são muito inteligentes, obedientes e incrivelmente afetuosos. E tais pássaros de transporte estão extintos, há muito, em Urântia, mas os vossos ancestrais primevos desfrutaram dos serviços deles." [LU pág. 590:1]

Os homens desta era já são receptivos à residência dos Ajustadores do Pensamento e, após a morte, muitos são devidamente escolhidos como sobreviventes para a subseqüente ressurreição e fusão com um Espírito.

Em um mundo normal, cem mil anos depois que o homem adquire a postura ereta, o Príncipe Planetário chega. Isto acontece depois de um informe dos Portadores da Vida de que a vontade está atuando no mundo, mesmo que em poucos indivíduos.

2. O Homem pós-Príncipe Planetário

Com a chegada do Príncipe Planetário, dá-se o início de uma nova era. Surge o primeiro sistema de governo e um grande progresso social é realizado. Num mundo normal esta etapa da evolução humana é caracterizada por um grande avanço da civilização, ao contrário do que ocorreu com o nosso planeta, que viveu por muitos anos na barbárie em conseqüência da rebelião de Lúcifer e da posterior quarentena que nos foi imposta.

A duração desta época dura, normalmente, 500 mil anos, mas esse tempo pode variar de mundo para mundo. Em Urântia durou pouco mais de 460 mil anos.

Durante este período há um acréscimo significativo dos Ajustadores do Pensamento que vêm para habitar as mentes humanas e os guardiões seráficos amplificam o seu regime de supervisão dos mortais; as primeiras revelações da verdade mais elevada são apresentadas a estes seres em evolução, e a cada nova dispensação eles recebem uma apresentação ampliada desta verdade espiritual e da ética religiosa.

Analisando nosso mundo sob alguns pontos de vista, parece não havermos ainda saído inteiramente desse estágio de evolução planetária, mas convém salientar que Urântia está desviada do curso normal do progresso evolucionário e do desenvolvimento.

A chegada do Príncipe Planetário ao mundo não significa paz entre as tribos; as guerras raciais continuam, porém com uma freqüência e uma severidade decrescentes. Certos conflitos acabam por eliminar uma raça inteira, como aconteceu às raças laranja e verde. Em muitos mundos essas raças são extintas, por serem as raças mais frágeis dentre todas.

A grande realização desta era pós-Príncipe é o surgimento da vida em família. Até então as relações humanas haviam sido tribais, mas agora o lar começa a se materializar. Em alguns planetas, o masculino pode governar o feminino; em outros, prevalece o inverso, mas em alguns mundos estabelece-se a realização plena da igualdade entre os sexos.

É nessa época que surge a agricultura, pois o desenvolvimento da idéia de família é incompatível com a vida errante e instável do caçador. A domesticação dos animais e o desenvolvimento de artesanatos do lar têm um rápido crescimento. Outra grande realização deste período é a restrição quanto à multiplicação dos indivíduos com deficiência mental e social, porém a real purificação das raças ocorre realmente quando chega a este mundo o casal de Filhos Materiais: Adão Eva.

3. O Homem pós-Adâmico

Quando o ímpeto original da vida evolucionária tiver percorrido o seu curso biológico, quando o homem houver alcançado o ápice do desenvolvimento animal, então uma segunda ordem de filiação é enviada ao mundo e dá-se a segunda dispensação de graça e de ministrações. Isso acontece em todos os mundos evolucionários, quando o homem primitivo alcança um grau tão alto quanto possível na escala biológica, um Filho e uma Filha Materiais surgem no planeta, despachados pelo Soberano do Sistema.

Durante a missão dos Filhos Materiais há um aumento considerável no número de homens que passam a ser habitados por um Monitor Misterioso, o fragmento pré-pessoal do Pai Universal, tornando-se capacitados à posterior fusão entre Deus e Homem. Entretanto o casal Adão e Eva não é outorgado com o Ajustador, pois funcionam eles como filhos descendentes a cargo da elevação biológica das raças humanas. Caso aceite, no futuro, seguir pelo caminho de ascensão ao Paraíso, tornam-se filhos ascendentes, recebem a Centelha Divina em suas mentes e seguem o mesmo caminho de um ser humano mortal, até chegarem às portas do Paraíso, onde são recebidos como membros do Corpo da Finalidade. Apesar do casal não possuir Ajustador do Pensamento, todos os seus descendentes são candidatos a receberem, na época devida, os Monitores Misteriosos. Convém registrar que nesta era não são todos os seres que recebem o Monitor Misterioso, apenas os que assim desejarem e fizerem por merecer.

A missão do regime adâmico é influenciar o homem e promover a transição de um estágio da civilização, de caçadores e pastores para aquele de agricultores e horticultores, com o objetivo de mais tarde ser suplementado pelo advento dos acessórios urbanos e industriais da civilização. A purificação da raça é outra tarefa destes Filhos Materiais, a eliminação completa dos mal adaptados, das tendências bestiais, das doenças, das deficiências físicas e mentais. 25 mil anos, trabalhando em conjunto com o Príncipe planetário, são suficientes para que esses elevadores biológicos consigam concretizar uma transformação maravilhosa, amadurecendo a esfera para o próximo advento: a vinda de um Filho Magisterial.

Não faz parte dos planos divinos que os Filhos Adâmicos reproduzam pessoalmente com as linhagens inferiores das raças evolucionárias; isso é uma tarefa da progênie deles. O casal deve se isolar no jardim do Éden durante várias gerações antes que seja inaugurado o ministério de miscigenação racial. No caso do nosso mundo, os Melquisedeques haviam aconselhado Adão a não iniciar o programa de mistura das raças antes que sua própria família chegasse ao número de meio milhão de pessoas. Somente então poderia ser feito com segurança. Mas Adão e Eva falharam nesta missão.

Nos mundos em que a missão edênica segue seu curso normal, a dádiva do plasma adâmico representa um grande avanço para as raças, uma elevação imediata da capacidade intelectual e uma aceleração no progresso espiritual, além do aperfeiçoamento físico. Há um aumento da inventividade, do controle da energia e do desenvolvimento mecânico. Surgem a manufatura e o controle das forças naturais. É durante este período que ocorre a inauguração do desenvolvimento das ciências físicas, coisa que somente há pouco tempo nosso mundo experimentou.

A época que sucede a adâmica é a dispensação do internacionalismo, pois ao completar a tarefa de miscigenação, o nacionalismo perde força e a irmandade entre os homens começa a se materializar. Um governo representativo passa a substituir a monarquia e outras formas de governo paternalista. O sistema de educação torna-se mundial, e gradativamente os diferentes idiomas dão lugar a uma só língua, a da raça violeta, falada no jardim.

Outra característica do fim deste período é o interesse pela arte, pela música, pela literatura, e mais, pelas realidades intelectuais, a verdadeira filosofia. Por esta época o mundo recebe novas revelações da verdade, sendo-lhe revelado até o nível da administração da constelação.

"Um grande avanço ético caracteriza essa era; a irmandade dos homens é a meta da sua sociedade. A paz, de âmbito mundial - a cessação dos conflitos das raças e da animosidade nacional -, é indicadora da maturidade planetária para o advento da terceira ordem de filiação, a do Filho Magisterial." [LU, Pág 594:3]

4. O Homem pós-Filho Magisterial

Nos mundos normais o Filho Magisterial somente aparece quando as raças humanas já estão miscigenadas e biologicamente adaptadas. No início dessa era já não há problemas de raça nem de cor, todas as raças são literalmente um só sangue, resultado do trabalho anterior de Adão e Eva. A irmandade entre os homens floresce e as nações já estão aprendendo a viver em paz e tranqüilidade. Este cenário é propício para a inauguração de uma etapa na existência deste mundo: um grande e culminante desenvolvimento, a chegada de um Filho do Paraíso em Missão Magisterial.

Nas missões anteriores os enviados, o Príncipe Planetário e o casal de Filhos Materiais, são originários do próprio universo local, mas esta próxima missão, diferentemente das anteriores, provém do Paraíso. Os Filhos da ordem Avonal recebem missões de julgamento e magistério. Se a missão for de julgamento, ele não encarna, cumpre sua missão na forma espiritual. Quando sua missão é magisterial, aí sim ele assume a forma humana, entretanto não passa pela experiência do nascimento e crescimento, como ocorre com um Filho em auto-outorga: aparece na forma adulta. E muito menos experimenta a morte, podendo viver por várias gerações seguidas, o tempo que for necessário, e ao terminar sua missão, ele simplesmente abandona sua vida e retorna ao Paraíso.

Cada uma dessas missões, desde a chegada do Príncipe Planetário ao casal de Filhos Materiais, e agora ao Filho Magisterial, representa uma ampliação da religião revelada e o fim da dispensação corrente, como também o julgamento e a ressurreição dos mortos. E esta missão revela os assuntos do universo local e de seus tributários.

Com o início do trabalho do Filho Magisterial e seus coligados, as raças logo efetivam a sua liberação econômica. O trabalho diário exigido para a sustentação e a independência de cada indivíduo é de aproximadamente duas horas e meia por dia, o resto do tempo é dedicado ao lazer e ao aprendizado. Essa era presencia a continuidade da limpeza racial por meio da restrição da reprodução entre os menos aptos e menos dotados. O governo e a administração são aperfeiçoados grandemente e somente os mais bem qualificados podem assumir responsabilidades sociais e políticas.

Ao contrário de Urântia, onde todos os humanos recebem o fragmento do Pai Universal antes de completar os seis anos de vida, nos mundos normais os Ajustadores são outorgados apenas às criaturas de vontade que escolham receber os Monitores Misteriosos. Porém na era pós- Filho Magisterial, a maioria dos seres faz esta escolha.

Curiosamente, no final desta dispensação a sociedade começa a retornar às formas mais simplificadas de vida, não obstante a tecnologia e a ciência em avanço, e essa tendência cresce a cada era, sucessivamente. Este é período do florescimento da arte, da música e do aprendizado mais elevado. As ciências alcançam o ápice do desenvolvimento, e o fim desta idade testemunha a plenitude do despertar religioso e do esclarecimento espiritual, de âmbito mundial. E este despertar de natureza espiritual é o sinal de que a quinta época mortal está para ser inaugurada: a chegada de um Filho em auto-outorga.

Acontece porém, em alguns mundos, que uma única missão magisterial não seja suficiente para capacitar o mundo a receber o Filho auto-outorgado; neste caso pode haver uma segunda missão, ou até mesmo uma sucessão de Missões Magisteriais.

Uma Missão Magisterial abrange algo dentro de vinte e cinco a cinqüenta mil anos, contudo esse tempo pode variar para muito menos ou para muito mais, conforme o caso, mas bem raramente.

5. O Homem pós-Filho Auto-Outorgado

Depois de atingir um determinado padrão de desenvolvimento intelectual e espiritual; depois que as raças já estiverem purificadas, miscigenadas e unidas numa só língua; quando houverem alcançado a paz mundial e a liberação econômica, então é chegado o momento de o mundo receber o Filho de auto-outorga do Paraíso. Este Filho não surge enquanto a população não houver alcançado os níveis intelectuais mais elevados e, acima de tudo, qualidade ética.

Esse é o plano de Deus para os mundos evolucionários do tempo e do espaço. Mas nosso mundo atraiu a atenção de todo Nébadon quando recebeu a notícia, ainda nos dias da queda de Adão e Eva, de que o Filho Criador deste universo escolhera Urântia como cenário de sua sétima e última efusão, apesar de o planeta não cumprir os pré-requisitos de desenvolvimento para tal outorga. Na verdade, esta esfera estava bem distante do ideal para a outorga de um Filho do Paraíso, desviando-se ainda mais do processo evolucionário normal por que passam os outros mundos.

Os Filhos em missão de auto-outorga pertencem à ordem Magisterial ou Avonal, somente uma vez em cada universo acontece de um Filho da ordem Micael cumprir essa missão de auto-outorga em algum mundo, e Urântia foi o planeta escolhido entre quase 10 milhões de mundos para este evento.

"Apenas um mundo, dentre quase dez milhões, pode gozar de uma tal dádiva; todos os outros mundos avançam espiritualmente com a auto-outorga de um Filho do Paraíso, da ordem Avonal." [LU, Pág 596:1]

O Filho Avonal quando chega ao mundo de sua missão encontra uma raça espiritualmente educada e preparada para assimilar seus ensinamentos, o que caracteriza uma era de busca da cultura moral e verdade espiritual. As revelações da verdade são ampliadas a fim de incluir o estudo do superuniverso.

O Filho nasce como qualquer indivíduo do reino, vive e morre pela elevação espiritual e o estabelecimento de uma nova realidade de vida, sua vida é própria encarnação da verdade, um exemplo vivo de que o homem pode viver feliz e sempre fazendo a vontade do Pai.

Este Filho passa por toda a experiência humana, inclusive a da morte carnal, mas ao terceiro dia é ressuscitado e ascende à direita do Pai Universal para receber a confirmação da aceitação da missão a ele confiada. Só então retorna para o Filho Criador na sede do universo local.

Com a missão de auto-outorga encerrada, o Espírito da Verdade é efundido sobre toda a carne e é dada a ordem para a outorga dos Ajustadores do Pensamento; a partir de então toda criatura de mente dotada de vontade passa a receber o Monitor Misterioso assim que atinge a idade da responsabilidade moral e da escolha espiritual.

A era de um Filho auto-outorgado pode se estender de 10 mil a 100 mil anos, entretanto não há um limite de tempo arbitrado para qualquer uma dessas eras dispensacionais. São épocas de um grande progresso ético e espiritual, em que as raças passam por transformações tremendas e um desenvolvimento fenomenal.

Durante esse período os problemas das doenças e da delinqüência são praticamente eliminados. A longevidade média cresce consideravelmente, podendo chegar a 300 anos de vida. Há também uma redução gradual da supervisão governamental, pois o verdadeiro auto-governo está começando a funcionar, tornando as leis cada vez menos necessárias. Há um grande número de nações, porém uma só raça e uma só língua; uma era realmente gloriosa!

A situação de Urântia após a outorga de Micael

O Filho auto-outorgado traz consigo a mensagem de "Paz na Terra e boa vontade aos homens". Nos mundos normais esta é uma dispensação de paz mundial. Porém essas influências não acompanharam a vinda de Cristo Micael ao nosso mundo, pois Urântia não está no compasso normal da evolução. Jesus disse aos seus apóstolos que seu advento não traria a paz, ao contrário, falou de "guerras e rumores de guerras", e que "nação se levantaria contra nação".

Se nos mundos normais já não é fácil realizar a irmandade mundial, muito menos num planeta confuso e desordenado como o nosso; tal tarefa requer um esforço muito grande e um período de tempo muito mais longo.

A evolução social sem ajuda exterior dificilmente pode lograr resultados satisfatórios numa esfera espiritualmente isolada. Ainda que Jesus tenha indicado o caminho para a edificação da irmandade espiritual, a efetivação da irmandade social depende muito da realização de transformações pessoais e ajustamentos planetários:

a. A fraternidade social: É preciso ampliar os contatos sociais e as associações fraternais internacionais e inter-raciais, por intermédios de viagens, do comércio e de jogos competitivos; desenvolver uma linguagem comum no mundo; promover o intercâmbio racial e nacional de estudantes, professores, industriais, filósofos e religiosos.

b. A fertilização intelectual cruzada: É preciso incentivar a troca literária entre nações e raças. Cada uma deve tornar-se conhecedora do pensamento e dos sentimentos da outra, pois a ignorância gera a suspeita, uma atitude incompatível com a prática da compaixão e do amor.

c. O despertar ético: Somente uma consciência ética pode superar a imoralidade da intolerância humana. Apenas uma consciência moral pode vencer os males da inveja nacional e do ciúme racial. O despertar ético levará os homens a buscar o discernimento espiritual, essencial à vida.

d. A sabedoria política: Para obter o autocontrole a maturidade emocional é imprescindível, pois somente assim será assegurado o julgamento civilizado em lugar da arbitrariedade bárbara que é a guerra. No futuro da nossa humanidade, estadistas sábios trabalharão pelo bem estar de todos, mesmo que ainda busquem promover os interesses dos seus grupos, afinal a política egoísta é suicida, e acaba destruindo as qualidades que asseguram a sobrevivência grupal no planeta.

e. O discernimento espiritual: A irmandade dos homens é baseada na premissa de que somos filhos de um mesmo pai: Deus. E o modo mais rápido de alcançar essa fraternidade e promover a transformação espiritual dos homens, ainda nos dias atuais. Uma técnica para acelerar essa tendência natural de evolução é aplicar essa pressão espiritual que vem de cima, e assim elevar o discernimento moral, e ao mesmo tempo, aumentar a capacidade da alma de cada mortal compreender e amar a todos os outros mortais.

"O entendimento mútuo e o amor fraterno são civilizadores transcendentes e fatores poderosos na realização mundial da irmandade dos homens." [LU, pág. 598:2]

Para ter-se idéia do quanto estamos afastados do plano evolutivo original, cita-se um trecho do próprio Livro de Urântia:

"Se vós pudésseis ser transplantados do vosso mundo atrasado e confuso até algum planeta normal que estivesse em uma idade posterior à vinda de um Filho auto-outorgado, vós pensaríeis ter sido transladados até os céus das vossas tradições. Dificilmente acreditaríeis que estaríeis observando os trabalhos evolucionários normais de uma esfera mortal de morada humana. Esses mundos estão ligados aos circuitos espirituais do reino deles, e desfrutam de todas as vantagens das transmissões do universo e dos serviços da refletividade do superuniverso." [LU, pág. 598:3]

6. O Homem pós-Filho Instrutor

A próxima ordem de Filhos do Paraíso que visitam os mundos em evolução são os Instrutores da Trindade, Filhos divinos da Trindade do Paraíso que aparecem nos mundos sempre em grupos, diferentemente das missões anteriores. Um Filho Instrutor Planetário é acompanhado e apoiado por 70 Filhos primários, 12 secundários e 3 da mais elevada e mais experimentada ordem suprema dos Dainais. Este grupo permanecerá o tempo suficiente para efetivar a transição das eras evolucionárias para a Era de Luz e Vida, mas esse tempo nunca é inferior a mil anos, e frequentemente muito mais que isso.

"Essa missão é uma contribuição da Trindade para com os esforços anteriores de todas as personalidades divinas que ministraram a um mundo habitado." [LU, pág. 598:5]

Porém, novamente, Urântia está fora do passo evolutivo em relação às suas esferas irmãs. Apesar de vivermos numa era pós-Filho auto-outorgado, não há porque afirmar que a próxima missão seria a dos Filhos Instrutores da Trindade. Jesus prometeu voltar e certamente haverá de cumprir sua promessa, mas ninguém sabe se sua vinda será antes ou depois da Missão Magisterial ou da Missão Instrutora.

No percurso desta era o planeta atinge um altíssimo grau de evolução, seja no âmbito educacional, econômico, administrativo ou espiritual. Um só povo, uma só língua, uma só nação; novas relações e novos valores são estabelecidos. O Reino dos Céus surge na Terra e a glória de Deus é vertida sobre todos os homens. Nesta dispensação muitos mortais são trasladados de entre os vivos e a morte torna-se cada vez menos freqüente, à medida que os Ajustadores fundem-se com seus entes humanos. Tal status de desenvolvimento dá ao mundo a classificação de "ordem primária modificada de ascensão mortal".

A vida é agradável e proveitosa podendo chegar a quase 500 anos do tempo de Urântia. A taxa de reprodução e de crescimento é inteligentemente controlada, dando origem a uma nova sociedade, com ideais voltados à irmandade social e igualdade espiritual. Não há mais necessidade de um governo representativo, que vai desaparecendo com o tempo, para dar lugar ao auto-controle individual.

Apenas uma hora por dia, da parte de cada indivíduo, é suficiente para resolver os assuntos administrativos do mundo. Os habitantes do mundo vivem em contato constante com os assuntos do universo, ligados nas últimas novidades do alto que chegam pelos canais de transmissão. Há 'mil coisas' a se preocupar, muito mais interessantes, que sequer podemos imaginar em nosso mundo atual.

A lealdade planetária é cada vez mais sólida e verdadeira ao Ser Supremo. As gerações praticam a justiça e vivem a misericórdia. Não há mais dificuldades físicas nem problemas materiais; o planeta está maduro e estável. Os Filhos Instrutores continuam a ir e vir para esses mundos, agora pacíficos. E eles permanecem no mundo até que este esteja operando com tranqüilidade.

"Cada missão repetida dos Filhos Instrutores da Trindade exalta, sucessivamente, tal mundo superno até as alturas sempre ascendentes de sabedoria, de espiritualidade e de iluminação cósmica. Contudo os nobres nativos dessa esfera são ainda finitos e mortais. Nada é perfeito; no entanto, uma qualidade próxima da perfeição está evoluindo na operação de um mundo imperfeito e nas vidas dos seus habitantes humanos." [LU, pág. 599:5]

Estes Filhos podem retornar muitas vezes, mas cedo ou tarde, o Príncipe Planetário será elevado à posição de Soberano Planetário, e então o Soberano do Sistema aparece para proclamar a entrada daquele mundo na Era de Luz e Vida.

Não importa qual a história de um mundo, não faz nenhuma diferença se o mundo foi leal ou manchado pelo pecado, não importam os antecedentes. Em todos os mundos do Tempo e do Espaço, cedo ou tarde, a graça de Deus e a ministração dos anjos farão chegar esse grande dia: o advento final dos Filhos Instrutores da Trindade e a inauguração dessa era magnífica de Luz e Vida.

7. A Era de Luz e Vida

Alcançar a Era de Luz e Vida é a realização evolucionária final de todos os mundos, sistemas, constelações e universos do Tempo e do Espaço; porém, para os mundos evolucionários, assim como para Urântia, há sete estágios no desenvolvimento da ERA DE LUZ E VIDA. E estes sete estágios de LUZ E VIDA são:

a. O estágio do planeta: quando o mundo alcança o status de Luz e Vida, embora outros mundos do sistema ao qual ele pertence ainda não tenham alcançado tal status.

b. O estágio do sistema: quando todo sistema, ou seja, todos os mundos pertencentes ao mesmo sistema estiverem estabelecidos em Luz e Vida, então os mundos terão atingido o segundo estágio desta era.

c. O estágio da constelação: após todos os sistemas que compõem a constelação estarem estabelecidos em Luz, então os mundos terão alcançado e terceiro estágio.

d. O estágio do universo local: como nas situações anteriores, os mundos estarão no quarto estágio quando o universo local inteiro se estabelecer em Luz e Vida, ou seja, 10 milhões de mundos glorificados festejam o quarto estágio.

e. O estágio do setor menor: este estágio é alcançado quando os 100 universos locais que formam um setor menor já houverem sido declarados como totalmente estabelecidos em Luz. É o quinto estágio de evolução em busca da perfeição.

f. O estágio do setor maior: depois que todos os 100 setores menores estiverem estabelecidos em Era de Luz e Vida, então o setor maior alcança também este status e os mundos habitados deste setor embarcam a sexta aventura da Luz.

g. O estágio do superuniverso: este é o sétimo e último estágio que relata esta revelação, depois disso, há somente conjecturas. Quando todo o superuniverso, com seus 1 trilhão de mundos habitados estiver sido abraçado pela Luz, e tiver alcançado a Luz em sua plenitude, então estes mundos estarão repousados na glória e no esplendor da grandeza infinita do PAI e terão enfim alcançado o sétimo estágio da Era de Luz e Vida.

O Grande Universo, composto pelos sete superuniversos somente estarão estabelecidos em Luz e Vida quando os mundos, os sistemas, as constelações, os universos locais, os setores menores e os setores maiores que os compõem estiverem também estabelecidos em Luz e Vida.

Urântia irá experimentar todos os estágios da evolução do Grande Universo. Mas o primeiro degrau dessa ascensão é a conquista do próprio planeta em se estabelecer na Luz e Vida em seu primeiro estágio.

Brasília, 14 de Julho de 2005.

[Palestra realizada no II ENALLUBRA - Encontro de Leitores do Livro de Urântia no Brasil, nos dias 24, 25 e 26 de Julho de 2005, em Brasília/DF.]

 

Este trabalho utiliza citações do Livro de Urantia © 1955 Urantia Foundation
533 Diversey Parkway, Chicago, Illinois 60614, (001773) 525-3319, http//www.urantia.org
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