05/06 2013
- A Bíblia Essencial ao Cristianismo
- Desde o início do cristianismo, o Antigo Testamento foi aceito como A Escritura - a palavra de Deus;
- Para entender a relação entre a Bíblia e o cristianismo significa que devemos definir o cristianismo, e tal estudo envolve teólogos, historiadores, arqueólogos e antropólogos;
- De acordo com O Livro de Urântia, o cristianismo é uma religião SOBRE Jesus e não a religião DE Jesus;
- A Bíblia nunca afirma ser uma autoridade infalível. Diz Paulo em II Timóteo 3:16: "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça”;
- Seja qual for a inspiração, deve haver níveis nela, pois o segundo Isaías foi mais inspirado que o primeiro Isaías.
- Em outro lugar, Romanos 6:19 Paulo lembra o leitor que: “Falo como homem, pela fraqueza da vossa carne“;
- Contradições textuais e outras diferenças fazem com que seja impossível para nós acreditar na inspiração verbal.
- Jesus frequentemente citou as Escrituras, mas nunca aludiu ser inspirada. Ele nunca chamou a Escritura de “a palavra de Deus”.
- A visão de Jesus sobre as Escrituras foi expressa em sua conversa memorável com Natanael. Veja no LU pag. 1767
- A interpretação das escrituras:
- Visão Católica: A igreja, e somente a igreja, pode realmente interpretar a Bíblia, e quando a igreja a faz, portanto, a interpretação é infalível.
- Visão Protestante: Os protestantes afirmam que qualquer indivíduo, com ajuda do Espírito Santo, pode interpretar a Bíblia.
- A palavra “Bíblia” significa algo relacionado como coleção de livros, rolo, entre outros significados, mas a palavra em si não é encontrada na Bíblia.
- Harmonia Entre Fé e Escrituras
- Encarnação é o coração teológico do cristianismo - e a Bíblia sustenta esta doutrina.
- “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós” João 1:14. Este é o tema de todos os ensinamentos do Novo Testamento.
- Naturalmente, o próximo passo é o anúncio – “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos “ Atos 4:12
- Enquanto o Livro de Urântia valida a encarnação, declara o evangelho do reino a ser "a paternidade de Deus e a irmandade entre os homens"
- Em Antioquia, salientaram a humanidade de Jesus, em Alexandria, a divindade do Mestre.
- Docetismo (doutrina cristã do século II) ensinou que a humanidade de Jesus foi, mas "aparente" - uma espécie de fantasma.
- Na Bíblia poderia ser considerado como uma encarnação - a união do humano e do divino.
- Para retirar o elemento humano das Escrituras seria o equivalente de privar Jesus de sua natureza humana.
- O ministério de Jesus ao homem não chegou ao fim com sua morte na cruz e a revelação do Deus da verdade para a humanidade não terminou com o Antigo e o Novo testamento.
- A Bíblia e a Igreja
- Nem o Antigo Testamento, nem Jesus foram dados apenas para os judeus. Ambos eram uma dádiva universal.
- O ministério de Jesus e da função da revelação são contínuas. Ambos são parte do propósito eterno.
- Encarnação de Jesus foi, de certa forma, uma “desumanização”.
- A encarnação da "Palavra" na Bíblia também foi uma espécie de "desumanização" da verdade.
- O dom do espírito era levar aos crentes "toda a verdade". Tal experiência iria durar longos períodos de tempo - implicam muito crescimento.
- Já se foram 2.000 anos dos registros bíblicos. O que tomará o seu lugar na evolução contínua da igreja?
- Autoridade da Bíblia
- Na Reforma, os protestantes, ao rejeitar um papa infalível, colocou em seu lugar um livro infalível - a Bíblia.
- Jesus é a única autoridade final e absoluta para a fé do Novo Testamento.
- A fraternidade de Jesus não é autoritária – a igreja católica romana é.
- Para evitar um erro como os protestantes cometeram, Jesus não deixou registros escritos. Apenas a "palavra" como é em Jesus é infalível.
- A Igreja Católica não considera as Escrituras como sendo infalível - só a sua interpretação.
- Os católicos consideram a "tradição" como sendo igual à Bíblia como a autoridade para a doutrina e os dogmas.
- No conjunto, a Igreja Romana tem desencorajado seus membros leigos de adquirir o conhecimento da Bíblia.
- Lutero disse: "A Bíblia é a manjedoura na qual Cristo está deitado. Se tu leres a Bíblia e não encontrar Jesus, então em teu coração só haverá palha".
- O lado humano das Escrituras é mostrado nas inconsistências e imprecisões, é a mão divina na revelação da verdade eterna.
- A Bíblia está inseparavelmente ligada com todo o organismo da fé e da experiência cristã.
- A Bíblia é uma seleção de escritos de um grupo de escritores, essa seleção foi feita pelo homem. Os escritos de Macabeus que foi considerado ‘apócrifo’(não inspirado por Deus) é muito mais espiritual do que Cantares de Salomão ou O Livro de Ester ou de Rute.
- Na criação do Novo Testamento a intenção foi de incluir apenas os escritos de origem apostólica.
- Os livros do Novo Testamento não foram escritos como histórias ou biografias - foram escritos apenas para propagar a fé.
- Nem mesmo Jesus nunca se colocou como uma autoridade absoluta.
- Paulo nunca reivindicou inspiração ou infalibilidade. Ele disse: “Falo como a entendidos; julgai vós mesmos o que digo”. I Coríntios 10:15.
- A crença dos protestantes na infalibilidade literal da Bíblia, a sua autoridade absoluta, levou à sua divisão em uma infinidade de seitas.
- O reconhecimento da falibilidade das Escrituras no século XX esta sendo reunido.
- Mas isso não significa que cada indivíduo deve definir-se como o único intérprete das Escrituras.
- Devemos ter um olhar crítico sobre a Bíblia quando ela contradiz os fatos natureza - como o ensinamento de que a terra é plana, (Isto não tem nada a ver com verdadeiros milagres.)
- O simbolismo também deve ser questionado, como a história de Jonas e a baleia.
- Nunca se esqueça do fato da “evolução da revelação”. Lembre-se também que houve regressões.
- Não se deixe enganar pelas ambiguidades da Bíblia ou de suas alegorias – como interpretar a canção sensual de Salomão como a representação do amor de Cristo por sua Igreja (Rosa de Saron).
- E não aceitar todos os ensinamentos apostólicos como os ensinamentos de Jesus.
- A informação equivocada do ensinamento de Jesus é mostrada pelo registro encontrado em Mateus 24. Ver Livro de Urântia pag. 1912.
- Certas partes da Bíblia teve uma origem não judaica. Observe os seguintes:
- Isaias 16 e 17 = Poema Moabita
- Salmos 104 = Hino ao Sol de Akhenaton
- Provérbios 22:17 - 23:14 = Máximas de Amenemope
- Êxodo 20-23 = O Código de Hamurabi.
- A Bíblia Como a Palavra de Deus
- É apropriado dizer que a Bíblia é a Palavra de Deus? A mensagem do evangelho foi chamado de ‘a Palavra de Deus’. Veja Apocalipse 1:2. “O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto”.
- Às vezes referido como "a palavra da cruz." Veja I Coríntios. 1:18. “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.”
- Em Filipenses 2:16, chamado de "a palavra da vida." Em Colossenses 1:5, chamado de "a palavra da verdade."
- O Evangelho de João refere-se a Cristo como "a palavra”. Veja João 1:1."No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”.
- E ao falar da encarnação, João diz: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” João 1:14
- O Livro de Urântia fala do Filho Eterno como "a Palavra viva e divina." (pag. 73)
- Estritamente falando, a Bíblia não deve ser chamada a palavra de Deus. Na medida em que Deus pode estar falando nela e através dela, seria qualificadamente a palavra divina.
- Foi neste sentido que a revelação de Urântia foi tratada como "Verbo feito Livro"
Adaptação de "A History of the Bible" - Dr. William S. Sadler (traduzido por Junior)