"...a morte é apenas o começo de uma interminável carreira de aventuras..."
Introdução
A morte tem sido, desde o início, um choque para o homem em evolução, e até os dias de hoje a morte ainda é lamentada como se tivéssemos perdido o ente querido para sempre. Em meio aos povos primitivos era comum a morte causada pela violência, de tal modo que, uma morte não violenta tornou-se cada vez mais mistério. A morte, como um fim natural e esperado, não era algo que estivesse claro para a consciência daqueles povos; e foram necessárias muitas eras para que o homem compreendesse a sua inevitabilidade.
O Livro de Urantia revela os mistérios da vida e nos presenteia com a afirmação de que a morte é apenas o começo de uma interminável carreira de aventuras. Não há o que temer, pois o plano de Deus para o homem mortal vai muito além do que chamamos de vida humana. A vida se inicia, verdadeiramente, após a morte da carne.
Antes de partir diretamente ao assunto é necessário dizer o que é a Quinta Revelação de Época, chamada de O Livro de Urantia e mais ainda sobre a existência humana enquanto mortal e do que somos, verdadeiramente, constituídos.
Urantia é o nome do planeta em que vivemos. Inúmeros planetas compõem o universo local de Nébadon; que abriga, aproximadamente, 10 milhões de mundos do qual Urantia é o número 606 do Sistema 24 (Satânia), da Constelação 70 (Norlatiadeque), do Universo Local 84 (Nébadon). Este universo e outras criações semelhantes perfazem o superuniverso de Orvônton, um dos sete superuniversos evolucionários do tempo e do espaço, que giram ao redor do Universo Central e Eterno de Havona. No coração deste universo central e eterno, encontra-se a Ilha Estacionária do Paraíso, centro geográfico de toda a Criação e morada do Deus Eterno.
Urantia é, na verdade, parte infinitesimal nesse sublime e quase inconcebível projeto-realidade que é a Criação Divina. Sua constituição é parte da matéria que se desprendeu do Sol, por volta de 4 bilhões de anos atrás, dando origem a todos os doze planetas deste sistema, dos quais restam apenas onze. O planeta atingiu esse tamanho atual há 1 bilhão de anos e nesta época foi registrado nos arquivos do universo com o nome de Urantia.
Daí vem o termo "Livro de Urantia", que recebeu esse nome por ser uma revelação para este mundo. Foi transmitido e autorizado por seres celestiais como um presente especial a Urantia e sua mensagem é que todos os seres humanos são uma única família; apresenta uma visão única da vida e os ensinamentos de Jesus; revela novos conceitos sobre a aventura ascendente do homem no seu esforço de encontrar o Pai Universal num universo cuidadosa e amorosamente administrado.
Ele constitui uma síntese de vários trabalhos no campo da ciência, teologia, cosmologia, filosofia, religião; e enfim, sobre todas as áreas do conhecimento humano; fornece uma nova perspectiva da gênese e o destino da humanidade.
Foi publicado em 1955 e, embora seja uma fonte de inspiração e conhecimento para muitos líderes religiosos e instituições estabelecidas, religiosas ou não, não surgiu até hoje nenhuma religião formal de seus ensinamentos. Grupos de estudo, fundações, sociedades, continuam surgindo, pois o livro é uma inspiração a debates para todos aqueles que tomam conhecimento de seu conteúdo.
O Livro de Urantia, em suas 2097 páginas se constitui de quatro partes, a saber:
Parte 1: O Universo dos Universos - Descreve a Organização Astronômica e Cosmológica do universo. A Trindade junto com a Ilha do Paraíso, descrita como fonte de toda energia, matéria, vida e personalidade. Um universo de hierarquia organizada, evoluindo como um processo relativo à Trindade do Paraíso. A criação é descrita como incluindo milhões de planetas habitados em todas as etapas de evolução biológica, intelectual, social e espiritual.
Parte 2: O Universo Local - O desenvolvimento e o governo dos universos locais são descritos. A presença do Filho Criador Michael, conhecido por nós como Jesus de Nazaré, é a realidade primária no universo. A sobrevivência da personalidade é determinada pelo livre-arbítrio e através do nosso relacionamento com Deus alcançamos a eternidade.
Parte 3: Urantia - Uma breve história geofísica de nosso planeta. O desenvolvimento da civilização, da cultura, do governo, da religião, da família e de outras instituições sociais. Uma descrição do destino humano, incluindo os mundos que habitaremos imediatamente após a morte.
Parte 4: Jesus - Esta parte dedicada à vida de Jesus constitui a mais espiritual compilação biográfica de Jesus ora impressa. O Livro de Urantia relata 16 vezes mais informações sobre a vida e os ensinamentos de Jesus que a Bíblia. A profundidade literária do Livro de Urantia descreve com clareza e de modo tocante humanidade combinada com sua divindade. Nascimento, infância, adolescência, vida adulta, morte e ressurreição são descritas.
Dentro de suas próprias páginas, o livro se intitula ser a quinta revelação de época que a humanidade já recebeu em todas as eras de sua existência. As cinco revelações de época foram:
1. Os ensinamentos Dalamatianos - o verdadeiro conceito da Primeira Fonte e Centro foi promulgado em Urântia, pela primeira vez, pelos cem membros da assessoria corpórea do Príncipe Planetário. Essa revelação expandida da Deidade persistiu por mais de trezentos mil anos, até que foi subitamente interrompida pela Rebelião de Lúcifer, que causou a ruptura do regime de ensino.
2. Os ensinamentos Edênicos - Adão e Eva retrataram, uma vez mais, o conceito do Pai de todos aos povos evolucionários. A dissolução do primeiro Éden interrompeu o curso da revelação Adâmica, antes que ela tivesse começado de fato. Mas os ensinamentos abortados de Adão foram continuados pelos sacerdotes setitas, e algumas dessas verdades nunca foram inteiramente perdidas para o mundo. Toda a tendência da evolução religiosa do levante foi modificada pelos ensinamentos dos setitas. Mas, por volta de 2500 a.C., a humanidade tinha perdido de vista, em grande parte, a revelação promovida à época do Éden.
3. Melquisedeque de Salém - Este Filho emergencial inaugurou a terceira revelação da verdade em Urântia. Os preceitos cardinais dos seus ensinamentos foram: confiança e fé. Ele ensinou a confiança na beneficência onipotente de Deus e proclamou a fé como o ato por meio do qual os homens ganham o favorecimento de Deus. Os seus ensinamentos gradualmente misturaram-se às crenças e práticas de várias religiões evolucionárias e, finalmente, resultaram naqueles sistemas teológicos presentes em Urântia quando da abertura do primeiro milênio depois de Cristo.
4. Jesus de Nazaré - Cristo Michael apresentou, pela quarta vez, em Urântia, o conceito de Deus como o Pai Universal; e esse ensinamento perdurou, em geral, desde então. A essência do seu ensinamento foi amor e serviço, a adoração amorosa que um filho criatura dá voluntariamente em reconhecimento e em retorno a ministração do amor de Deus, o seu Pai; o serviço que tais filhos criaturas oferecem, de vontade espontânea, aos seus irmãos, em uma alegre compreensão de que, nesse serviço, eles estão servindo, do mesmo modo, a Deus, o Pai.
5. Os Documentos de Urântia - Esses 197 documentos constituem a mais recente apresentação da verdade aos mortais de Urântia. Diferem de todas as revelações anteriores, pois não é um trabalho de uma única personalidade do universo; e sim, uma apresentação composta, realizada por muitos seres. Todavia nenhuma revelação pode jamais ser considerada completa, antes de se alcançar o Pai Universal. Todas as outras ministrações celestes não são mais do que parciais, transitórias e praticamente adaptadas às condições locais de tempo e de espaço.
E estas quatro revelações, anteriores ao Livro de Urantia serviram de base para o estágio atual do conhecimento espiritual humano; e evoluiu gradativamente desde os primórdios das raças até os dias atuais. Os textos bíblicos são um exemplo da influência espiritual e do conhecimento deixado por Melquisedeque quando da sua passagem pela Terra, 3 mil anos atrás. Parte de seus ensinamentos foram passados oralmente de geração a geração, ensinamentos que eram transmitidos de pai para filho, até que chegou a Moisés, que utilizou esse conhecimento, mesmo fragmentado, para organizar e ensinar às tribos, unindo-as. Muitos desses ensinamentos de Moisés estão nos primeiros livros da Bíblia, o Pentateuco.
Jesus de Nazaré foi o mensageiro de uma nova revelação; o evangelho, que significa boa nova; é a mensagem de que todos os homens são irmãos e filhos de um mesmo Deus; e que esse Deus-Pai nos ama indiferentemente, com um amor supremo e fraterno; que devemos, assim também, amarmos uns aos outros, assim o Ele nos ama.
Ama-nos tão intensamente que há um plano para a vida mortal dos mundos do Tempo e do Espaço; tal plano afirma que essa vida carnal é meramente o início de uma carreira eterna e fantástica. Essa é a verdadeira vida!
O níveis da existência humana
Antes de entrar, efetivamente, no assunto proposto, que é a sobrevivência da alma, ou como queiram, a vida após a morte, faz-se necessário falar sobre a realidade humana; essa experiência é manifestada em níveis de existência, aos quais são: Corpo (o 'eu' carnal), Mente (o 'eu' intelectual), Espírito (o fragmento do Pai), Alma (o 'eu' moroncial) e Personalidade.
Corpo - É o organismo material, ou físico, do homem; o mecanismo eletroquímico vivo de natureza e origem animal. É uma realidade mais facilmente compreendida e concebida pela mente humana, pois é constatável pelos cinco sentidos básicos de percepção.
Mente - É o mecanismo de pensar, perceber e sentir do ser humano; a experiência consciente e inconsciente; a inteligência associada à vida emocional, que busca, por meio da adoração e da sabedoria, alcançar o nível acima, o do Espírito.
Espírito - É o espírito divino que reside na mente do homem - o Ajustador do Pensamento; este espírito imortal é pré-pessoal não é uma personalidade, se bem que esteja destinado a transformar-se em uma parte da personalidade da criatura mortal, quando esta alcançar a sobrevivência para sua alma.
Alma - A alma é uma aquisição experiencial; à medida que uma criatura escolhe, cada vez mais, "cumprir a vontade do Pai dos céus", assim o espírito que reside na mente do homem torna-se o pai de uma nova realidade na experiência humana: a alma. A mente é a mãe dessa alma emergente, que não é nem material, nem espiritual - é moroncial; por isso a alma é chamada de o "'eu' moroncial".
Morôncia é um termo que designa a real substância que interpola entre o material e o espiritual; é o processo de transição que o homem mortal atravessa, a fim de alcançar o nível espiritual.
Personalidade - A personalidade do homem mortal não é corpo, nem mente, nem espírito; e também não é a alma. A personalidade é a única realidade invariável em meio a uma experiência constantemente mutável da criatura; e ela unifica todos os outros fatores associados da individualidade. A personalidade é o único dom que o Pai Universal confere às energias vivas e associadas de matéria, mente e espírito, e que sobrevive quando da sobrevivência da alma moroncial.
"A mente é a vossa embarcação, o Ajustador é o vosso piloto, a vontade humana é o capitão. O mestre desse barco mortal deveria ter a sabedoria de confiar no piloto divino, para guiar a alma em ascensão até os portos moronciais da sobrevivência eterna. Somente por egoísmo, por preguiça e por pecado pode a vontade do homem rejeitar o guiamento desse piloto que age por amor e, finalmente, fazer naufragar a carreira mortal contra os arrecifes malévolos da misericórdia rejeitada e contra os rochedos submersos do pecado. Com o vosso consentimento, esse piloto fiel carregar-vos-á a salvo, por entre as barreiras do tempo e, apesar dos obstáculos do espaço, até a fonte mesma da mente divina, e mesmo adiante, até o Pai do Paraíso dos Ajustadores". [p. 1217]
O Ajustador do Pensamento
Embora o Pai Universal resida pessoalmente no Paraíso, Ele está presente de fato, também, nos mundos do Tempo e do Espaço, pois reside na mente humana dos seus incontáveis filhos, sob a forma dos Monitores Misteriosos. Assim, o Pai Eterno está ligado o mais intimamente possível aos Seus filhos mortais planetários.
Tendo dito aos seus filhos "Sede Perfeitos, como Eu Sou Perfeito!", Deus desceu, na forma do Ajustador, para tornar-se o parceiro experiencial do homem na realização do seu destino. O fragmento de Deus que reside na mente humana é a garantia absoluta e irrestrita de que o homem pode encontrar o Pai Universal por meio da sua conexão com esse Ajustador Divino, que veio de Deus para encontrar o homem e filiá-lo ainda nos dias da carne.
Jesus disse: "Quem vê o Filho vê o Pai"; do mesmo modo, aquele que é residido pela Centelha Divina é residido pelo Pai do Paraíso. Cada mortal que, consciente ou inconscientemente, esteja seguindo o guiamento do seu Espírito residente, está vivendo de acordo com a vontade de Deus, e a fusão eterna do Ajustador com a alma evolucionária é a experiência factual da união eterna de Deus com o ser mortal.
É o Ajustador do Pensamento que cria, dentro do homem, aquele anseio infindável, aquela aspiração insaciável de ser como Deus e de alcançar o Paraíso; e, dependendo da escolha de tal criatura mortal, poderá finalmente consumar-se na união entre Deus e homem. O Ajustador é a bússola cósmica infalível que sempre conduz a alma na direção de Deus.
Em Urantia, cada ser humano recebe essa Centelha Divina, um fragmento do próprio Pai Universal, quando toma sua primeira decisão moral, entre os 5 e 6 anos de idade, e deste momento em diante, esse Espírito residirá na mente humana do mortal, na tentativa de dar início à criação da alma moroncial.
Não se deve confundir a influência do Ajustador, com aquilo que é comumente chamado de consciência, pois não há nenhuma relação direta entre um e outro; a consciência é um fenômeno humano e uma reação puramente psíquica; não se deve desprezá-la, mas muito raramente ela é a voz de Deus para a alma, coisa que o Ajustador seria se a Sua voz pudesse ser ouvida. A consciência, corretamente, admoesta-vos a fazer o certo; mas o Ajustador, além disso, esforça-se para dizer-vos aquilo que é verdadeiramente o mais certo; isto é, se e quando formos capazes de perceber a orientação do Monitor.
A alma moroncial
A alma é a criança que nasce do resultado do trabalho entre o espírito e a mente humana. O espírito dirige e a mente coordena. Pode-se afirmar que o espírito é o pai e a mente é a mãe dessa criança. É a alma que discerne a verdade e é capaz de perceber o espírito; que eleva o ser humano sobre o nível do ser animal; ela é o valor potencial da sobrevivência eterna.
A alma é de difícil descrição, e ainda mais difícil de ser demonstrada, porque não pode ser descoberta pelo método de investigação material ou de prova espiritual; a ciência é incapaz de demonstrar a existência da alma, tampouco pode ser puramente provada pelo Espírito. Apesar do fracasso da ciência material e dos cânones espirituais em descobrir a existência da alma, cada mortal moralmente consciente tem conhecimento da existência de sua alma, como real e atual experiência pessoal.
Os enganos da mente mortal e os erros da conduta humana podem atrasar a evolução da alma, porém não pode inibir o fenômeno moroncial, uma vez que o processo tenha sido iniciado pelo Ajustador. Contudo, esse processo só terá o seu início com o consentimento da vontade da criatura. Entretanto, a qualquer momento, antes da morte física, essa mesma vontade tem o poder de romper com essa escolha, e rejeitar a sobrevivência. E até mesmo após a morte o ser ascendente ainda detém essa prerrogativa de escolher por rejeitar a vida eterna; a qualquer tempo, antes da fusão com o Ajustador, a criatura ascendente e em evolução pode escolher abandonar a vontade do Pai do Paraíso. A fusão com o Ajustador assinala definitivamente que tal mortal ascendente escolheu cumprir o desejo do Pai, por toda a eternidade.
A alma moroncial sobrevive tanto à morte do corpo quanto à da mente. Essa nova entidade é a criança imortal que nasce em cada um que toma a decisão de fazer a vontade do Pai, e que nasceu dos esforços combinados do nosso eu humano em ligação com o nosso eu divino, que é o Ajustador.
Essa criança, a alma, de parentesco humano e divino, é o elemento que sobrevive tanto à morte do corpo quanto à da mente; a alma não é nem constituída, em sua essência, de matéria, nem espírito, ela é moroncial, a substância que existe entre essas duas realidades.
Em se tratando do trabalho dos Ajustadores, convém dizer que eles jamais falham; o que é digno de sobreviver jamais se perde; até mesmo se uma criatura mortal rejeitar a sobrevivência, ainda assim, a experiência dela não é desperdiçada; o Ajustador eterno leva consigo as lembranças e as experiências de valor espiritual que tal ser experienciou, pois nenhum significado de real valor jamais perece. Nada que seja valor espiritual para a sobrevivência é perdido; nunca, em todo o amplo universo.
Durante essa vida, a vontade mortal ou o poder de escolha reside nos circuitos da mente material; à medida que o crescimento mortal terrestre continua, esse ser torna-se crescentemente identificado com a alma; após a morte a personalidade humana identifica-se completamente com o eu moroncial e não mais com a mente. A alma é, então, o embrião do futuro veículo moroncial de identidade da personalidade.
A morte
Em geral, nós urantianos conhecemos apenas uma espécie de morte: o fim da vida física, a morte do corpo, a cessação física das energias da vida. No entanto, no que concerne à sobrevivência da personalidade, há três tipos de morte distintos:
1. A morte espiritual (a morte da alma). Acontece quando o homem mortal rejeita, deliberadamente, toda e qualquer tentativa de moroncialização da mente pelo trabalho do Ajustador; quando ele houver sido pronunciado espiritualmente insolvente, moroncialmente em bancarrota na opinião conjunta do Ajustador e do Serafim guardião; quando esse conselho coordenado houver sido registrado em Uversa e após os Censores e os seus colaboradores de reflexão haverem verificado essas conclusões, então os governantes de Orvônton, os Anciães dos Dias, ordenam a imediata liberação do Ajustador residente dessa mente. Essa morte tem um significado final e definitivo; do ponto de vista cósmico, esse ser já está morto; a vida em continuação indica meramente a persistência do impulso material das energias físico-químicas.
2. A morte intelectual (a morte da mente). Ocorre quando os circuitos vitais dos auxiliares da mente são interrompidos, por meio de aberrações do intelecto ou por causa de uma destruição parcial do mecanismo do cérebro; se essas condições ultrapassarem certo ponto crítico de irreparabilidade, o Ajustador residente é imediatamente liberado. Nos registros do universo, uma personalidade mortal é considerada como tendo encontrado a morte, quando os circuitos mentais essenciais, da vontade-ação humana tiverem sido destruídos. E, novamente, isso é morte, independente da continuação de funções do mecanismo vivo do corpo físico. O corpo, sem a mente volitiva, não mais é humano; no entanto, de acordo com a escolha anterior do ser humano enquanto ainda era dotado de vontade e escolha, a alma de tal indivíduo pode sobreviver.
3. A morte física (a morte do corpo e da mente). Essa é a morte como a entendemos, quando o corpo físico-químico deixa de funcionar. O Ajustador permanece na mente até que cesse a sua função como mecanismo inteligente; mais ou menos no momento em que as energias do cérebro cessam suas pulsações vitais.
Ao morrer, o corpo material retorna ao mundo elementar do qual proveio, mas persistem dois fatores não materiais da personalidade sobrevivente: o Ajustador do Pensamento, com a transcrição da memória da carreira mortal, e que se dirige para sua residência, Divínington, morada de todos os Ajustadores do Pensamento; e a alma imortal moroncial do ser falecido, sob a custódia do guardião do destino. Esses componentes são essenciais para a re-personalização e a continuação da vida nos mundos que esse ser habitará depois de ressuscitado. É a re-união do Ajustador do Pensamento e da alma o que reconstitui a personalidade sobrevivente; e que o re-conscientiza no momento do despertar moroncial.
A alma sobrevivente, separada do seu Ajustador, permanece, total e absolutamente, inconsciente durante o sono da morte. Não é possível haver nenhuma exibição, nem existir nenhuma capacidade para entrar em comunicação com outras personalidades. Mesmo depois da re-personalização, nos mundos das mansões não lhes é permitido enviar mensagens aos seus seres entes queridos ainda em vida no mundo de sua origem. A política de todos os universos é proibir tal comunicação durante o período de uma dispensação corrente.
Há dificuldades que são obstáculos ao esforço de explicar exatamente ou detalhadamente o que acontece no momento da morte; um dos obstáculos consiste na impossibilidade de passar à tão baixo nível de compreensão uma descrição adequada de uma transação que se dá na fronteira entre o reino físico e o moroncial. Há também restrições que foram impostas pelas autoridades celestes governantes de Urântia.
Pergunta-se: a morte é mesmo inevitável? A resposta é não. A morte pode ser evitada. A maioria dos seres evolucionários avançados, cidadãos dos mundos que vivem já na Era final de Luz e Vida, não morre; eles são transladados diretamente da vida na carne, para a existência moroncial. Assim como ocorreu com Enoque, que foi trasladado e não passou pelo processo da morte.
Essa experiência cresce em uma freqüência proporcional ao progresso evolucionário do planeta. Inicialmente, apenas uns poucos mortais alcançam os níveis de progresso espiritual necessário a essa transferência, mas com a chegada dos Filhos Instrutores, ocorrem mais e mais fusões com o Ajustador, antes do final da vida; e, à época do fim da missão dos Filhos Instrutores, aproximadamente um quarto dos mortais fica eximido da morte natural.
Quando as criaturas intermediárias ou os seus aliados sentem próximos de uma provável união entre a alma e o Ajustador, é emitida uma convocação para que esse mortal renuncie a todos os seus deveres planetários, e que dê adeus ao mundo de sua origem e se dirija ao templo do Soberano Planetário, para esperar lá pelo trânsito moroncial, até o nível pré-espiritual de progressão.
Muitos candidatos à fusão podem ser reunidos, ao mesmo tempo, no templo e muitos se reúnem para testemunhar a ascensão dos seus entes queridos. E que contraste com as eras anteriores, quando os mortais tinham de submeter os seus mortos ao abraço dos elementos terrestres! As cenas, de lágrimas e lamentos são agora substituídas pela alegria jubilosa e pelo entusiasmo mais sublime, no momento em que esses mortais dão um adeus transitório. Nos mundos estabelecidos em luz e vida, os "funerais" são ocasiões de alegria suprema, de profunda satisfação e de esperança inexprimível.
Quando um mundo atinge o quarto estágio da Era de Luz e Vida, mais da metade dos mortais passam a deixar o planeta por meio do translado de entre os vivos. O fenômeno da morte vai diminuindo cada vez mais; porém, ainda que muitos mundos estejam estabelecidos em luz e vida, nenhum está inteiramente isento da morte. A eliminação da morte é possível, teoricamente, mas ainda não ocorreu totalmente, nos universos do Espaço e do Tempo.
Essas almas transladadas não passam pelos mundos das mansões, e não permanecem como estudantes nos mundos moronciais do sistema ou da constelação. São os únicos mortais ascendentes que quase escapam da transição moroncial, entre a existência material e o estado de semi-espírito.
A Ressurreição
Existem três situações distintas na ressurreição de um ser mortal: ele pode ser ressuscitado ao terceiro período, aguardar por uma ressurreição milenar ou ser ressuscitado somente na dispensação planetária.
Se o ser adormecido houvera, ainda em vida, atingido o terceiro círculo espiritual, e outrora tivera, designado para si, um guardião seráfico pessoal do destino, é dada a declaração de posição avançada, por parte do guardião seráfico e do ajustador do ser, e feito isso, os Anciães dos Dias decretam a passagem imediata da alma sobrevivente para as salas de ressurreição dos mundos das mansões. Essa é a ressurreição ao terceiro período.
De outro modo, alguns mortais podem ser detidos por um tempo, no sono da morte, até que haja uma ressurreição milenar ou então, até mesmo que se complete o julgamento dos seus assuntos do seu mundo, e serão re-personalizados em massa, ao final da dispensação planetária corrente.
Uma observação: essa condição de poder avançar aos mundos de mansões ao terceiro período, caso tenha alcançado o terceiro círculo espiritual, só torna possível após a auto-outorga de um Filho do Paraíso no mundo. Desde o dia de Pentecostes, os mortais de Urântia, que atinjam tal nível espiritual, podem prosseguir diretamente para as esferas moronciais. Antes dos dias de Cristo Michael, em Urântia, todas as almas dormiam até as ressurreições milenares especiais ou até as dispensacionais planetárias.
Esse corpo físico que é veículo de nossa existência atual não fará parte da reconstituição do novo corpo que habitaremos na nova vida a seguir. O Serafim Guardião designado de tal alma auspicia a forma do novo corpo, que será o novo veículo de vida para a alma imortal e para a residência do Ajustador. O Ajustador fica responsável pela memória do sobrevivente adormecido.
E essa re-associação da alma e do Ajustador é uma reconstituição dos fatores da personalidade; esse acontecimento é chamado de Ressurreição; porém, mesmo isso não explica inteiramente o reaparecimento da personalidade sobrevivente. Isso é um mistério até mesmo para os reveladores destes documentos.
A reconstituição das partes constituintes de uma personalidade se desenvolve em três etapas:
1. A fabricação de um novo corpo. Uma forma adequada ao modelo de energia moroncial, na qual o novo sobrevivente possa efetuar contato com a realidade não espiritual, e dentro do qual a variante moroncial da mente cósmica possa ser religada aos seus circuitos.
2. O retorno do Ajustador para a criatura moroncial que aguarda. O Ajustador é o custódio da identidade ascendente; o Monitor é a segurança absoluta de que cada um ocupará a forma moroncial que foi criada para a personalidade que desperta. E o Ajustador estará presente à reconstituição da personalidade para, outra vez, assumir o papel de guia do eu sobrevivente.
Quando os pré-requisitos de re-personalização houverem sido reunidos, o guardião, de posse da alma, assistido por numerosas personalidades cósmicas, outorga à entidade moroncial a forma mente-corpo moroncial, enquanto confia essa alma à vinculação eterna com o Ajustador. E isso completa a reconstituição da memória, do discernimento interior e da consciência - a identidade.
3. Após a ressurreição, a transformação espiritual é tão grande que, não fosse pelo Ajustador do Pensamento e pelo guardião do destino, que mantém conectados a vida anterior à nova vida, ter-se-ia, a princípio, dificuldade em ligar a nova consciência moroncial com a memória da identidade anterior.
Entretanto, o Ajustador recordará apenas as memórias e experiências que são essenciais à sobrevivência. Muito da vida passada e das memórias, não tendo nenhum significado espiritual nem valor moroncial, irá perecer com o cérebro material; muito da experiência material irá desaparecer como fazem os andaimes que, tendo já conduzido aos níveis moronciais, não mantêm mais nenhum propósito no universo.
Contudo, a personalidade e as relações entre as personalidades jamais são andaimes; a memória mortal das relações das personalidades tem valor cósmico e persistirá. Em toda a carreira ascendente, reconheceremos e seremos reconhecidos. Teremos a consciência plena da continuidade da vida.
A vida após a morte
Os sobreviventes mortais do espaço e do tempo são denominados peregrinos ascendentes; desde o nascimento, em um mundo geológico, e por toda a carreira de ascensão progressiva ao Paraíso, assim são designados; até que, ao chegar no Paraíso, passarão a ser conhecidos como finalitores (os que alcançaram o Corpo da Finalidade).
Essas criaturas evolucionárias ocupam um lugar muito importante no plano de Deus, chamado de Plano da Ascensão, tanto que se faz necessário apresentar separadamente cada uma das sete etapas da carreira evolucionária desses seres ascendentes, no universo; são elas:
- Mortais Planetários
- Sobreviventes Adormecidos
- Estudantes dos Mundos das Mansões
- Progressores Moronciais
- Pupilos do Superuniverso
- Peregrinos de Havona
- Os que Chegam ao Paraíso
1. Mortais Planetários
Esta é designação para os seres, de origem animal, com potencial ascendente; isto é, aqueles que possuem potencial de sobrevivência. As raças humanas de todos os mundos recebem a mesma ministração de Deus e seus coligados, e gozam da presença do espírito em suas mentes, os Ajustadores do Pensamento. Essa etapa da existência, para nós, é a vida como a conhecemos, a vida no planeta de origem. Após a morte carnal esses seres em ascensão serão reconhecidos como sobreviventes adormecidos.
2. Sobreviventes Adormecidos
É a designação dos mortais com status de sobrevivência, que aguardam a ressurreição; sejam aqueles que passam pelos portais da morte e, imediatamente ao terceiro período, personalizam-se nos mundos das mansões; ou sejam os outros seres que, por qualquer razão, não foram capazes de alcançar o nível e o dom da espiritualidade que lhes daria o direito de ter guardiões pessoais, e não podem, assim, imediata e diretamente, tomar o rumo dos mundos das mansões. Essas almas sobreviventes devem descansar, em sono inconsciente, até o dia do julgamento de uma nova época, de uma nova dispensação. Foi dito de Jesus Cristo que, quando ele ascendeu às alturas, depois da conclusão do seu trabalho na Terra: "Ele levou consigo uma multidão de cativos". E esses cativos eram os sobreviventes adormecidos, desde os dias de Adão até os dias da ressurreição do Mestre em Urântia.
Quanto ao tempo que esses seres ficarão adormecidos, não terá o menor significado para eles, pois estarão totalmente inconscientes e esquecidos da duração do seu repouso. Após a ressurreição, aqueles que houverem dormido cinco mil anos não reagem de um modo diferente daqueles que descansaram cinco dias.
3. Estudantes dos Mundos das Mansões
Os mortais sobreviventes que despertam nos mundos das mansões pertencem a essa classe. É o estágio que compreende os sete mundos de mansões.
O Filho Criador, quando esteve em Urântia, falou das muitas moradas existentes na casa do Pai . Verdadeiramente, todos os 56 mundos que rodeiam Jerusém, a capital de nosso sistema, são devotados à cultura de transição dos mortais ascendentes, mas os 7 satélites do mundo de número 1 são, especificamente conhecidos, como os mundos das mansões. Esse plano de retenção inicial dos mortais em 7 mundos de aperfeiçoamento progressivo é quase universal em Orvônton, nosso superuniverso. Em cada sistema local há 7 mundos de mansões, em geral satélites ou sub-satélites da capital do sistema. São os mundos que recebem a maioria dos mortais ascendentes.
a. O primeiro mundo das mansões
Nos mundos das mansões, os mortais sobreviventes ressuscitados reassumem as suas vidas exatamente como as deixaram quando no momento da morte. No nosso caso, ao acordarmos no primeiro mundo das mansões, notaremos uma considerável mudança devida o atraso espiritual que nosso planeta tem experimentado; no entanto, um outro ser, proveniente de outras esferas do tempo, normal e progressiva, dificilmente notaria alguma diferença, com exceção do corpo física, esse sim apresenta uma notável diferença.
O centro de todas as atividades, no primeiro mundo das mansões, é a sala de ressurreição - o templo de reconstituição da personalidade. Essa estrutura gigantesca é o ponto central de reunião dos guardiões seráficos do destino, dos Ajustadores do Pensamento e dos arcanjos da ressurreição.
"Do Templo da Nova Vida, estendem-se sete asas radiais, as salas de ressurreição das raças mortais. Cada uma dessas estruturas é devotada à reconstituição de uma das sete raças do tempo. Há cem mil câmaras de ressurreição pessoal em cada uma dessas sete alas, terminando em salas circulares de reconstituição, por classes que servem como as câmaras do despertar, para até um milhão de indivíduos. Essas salas estão rodeadas pelas câmaras de reconstituição da personalidade das raças misturadas dos mundos normais pós-Adâmicos. Independentemente da técnica empregada, nos mundos individuais do tempo, em relação às ressurreições especiais ou dispensacionais, a reconstituição real e consciente da personalidade factual e completa tem lugar nas salas de ressurreição da mansônia número um. Por toda a eternidade, vós ireis relembrar-vos das impressões profundas das memórias do vosso primeiro testemunhar dessas manhãs de ressurreição".[p. 533]
Após a ressurreição será designada uma residência permanente a cada um. Então, durante dez dias, haverá uma liberdade pessoal. Estar-se-ão dispensados do serviço e do estudo por esse tempo, livre para explorar a vizinhança desse novo lar e para familiarizar-se com o programa que se seguirá logo após. Neste período cada um poderá consultar o registro de sua vida terrestre e visitar entes queridos, que outrora foram contemporâneos dessa vida. Ao fim dos dez dias, dar-se-á o início do programa, pois os mundos das mansões são, de fato, esferas de aperfeiçoamento e não meramente planetas de retenção.
O programa consiste em reassumir o aperfeiçoamento intelectual e o desenvolvimento espiritual, no nível exato em que estes foram interrompidos pela morte, exatamente no ponto em que houver deixado a vida aqui embaixo.
Nesse mundo de correção de deficiências, no qual algumas belas almas apenas permanecem em trânsito para o segundo ou até para o terceiro mundo, são tratados principalmente os problemas emocionais, familiares, sexuais e de caráter. A capacitação se faz nas faculdades do pensamento, do sentimento e da ação. Todos aqueles que, nesta vida, não passaram pela experiência imprescindível de pai ou mãe, deverão adquirir essa experiência nas creches dos Mundos de Aperfeiçoamento Inicial ou então mais tarde, junto às famílias dos filhos materiais de Jerusém.
b. O segundo mundo das mansões
No segundo mundo de mansões cuida, sobretudo, da eliminação de conflitos intelectuais e da cura de todas as desarmonias mentais. Os ascendentes continuam, como no primeiro mundo, formando grupos de interesse entre seus contemporâneos, se comunicando ou visitando almas de sua afetividade nos outros mundos de aperfeiçoamento.
A cada mundo, se ganha um novo corpo moroncial, recém-desenvolvido e adequadamente ajustado, no momento de cada avanço de um mundo para o outro.
Morre-se novamente? Não. O ser que estiver pronto para seguir ao próximo mundo é adormecido para o transporte seráfico, e só é acordado, já com o novo corpo, nas salas de ressurreição, de um modo muito parecido com a ressurreição no mundo das mansões de número um, exceto pelo fato de que o Ajustador do Pensamento não se ausenta mais, como no caso da morte terrena, e a personalidade permanece intacta.
Lembraremos da nossa vida aqui? Aquelas associações mentais que eram puramente animalescas e totalmente materiais perecem naturalmente com o cérebro físico, mas tudo o que valeu a pena, tudo que teve valor espiritual, valor de sobrevivência, é guardado como uma parte da memória pessoal durante todo o caminho da carreira ascendente.
Comeremos? Apesar de que o corpo não seja mais tão material como antes, continuam, em todos esses 7 mundos, a comer, beber e descansar. Partilham da ordem moroncial de alimentos, um reino de energia viva desconhecido dos mundos materiais. Entretanto, tanto a comida quanto a água, ingeridas, são plenamente utilizadas no corpo moroncial; porém não há dejetos residuais.
Esse novo ser ainda será quase humano, mas a cada mundo descortina um progresso definido. De esfera em esfera, tornam-se menos material, mais intelectual, e ligeiramente mais espiritual.
c. O terceiro mundo das mansões
No mundo número 3 os sobreviventes começam verdadeiramente sua cultura moroncial e alcançam um discernimento prático da metafísica da filosofia mota que todos devem estudar, juntamente com o idioma de Satânia, o sistema ao qual pertence o nosso planeta Terra.
Esse é um mundo de grandes realizações pessoais e sociais. Nessa esfera, um trabalho educacional mais positivo tem início. A educação, nos dois primeiros mundos das mansões é, sobretudo, voltada para a natureza negativa das deficiências, pois tem a ver com a suplementação da experiência da vida na carne. Nesse terceiro mundo das mansões, os sobreviventes realmente dão início à sua cultura moroncial progressiva. Essa é a introdução real à compreensão inteligente dos significados cósmicos e das inter-relações universais.
Observação: Quando residentes no primeiro mundo das mansões, foi-lhes permitido visitar o primeiro dos mundos de transição. Depois ao alcançarem mundo das mansões de número dois, foi-lhes permitido visitar o mundo de transição número dois. Assim se segue, quando alcançam o mundo das mansões de número três, é-lhes concedida permissão para visitar a terceira esfera de transição, e assim sucessivamente, além de poder visitar Jerusém, a capital do sistema de Satânia, periodicamente, desde o primeiro mundo das mansões.
d. O quarto mundo das mansões
O quarto mundo marca definitivamente o início da carreira moroncial, a carreira da alma, passadas as fases de capacitação dos anteriores. Apresenta-se uma nova ordem social, baseada na compreensão e apreciação mútua do amor altruísta e do serviço recíproco, sob a forte motivação de se ter um destino comum e supremo - a meta paradisíaca de perfeição adoradora e divina.
Nos mundos das mansões é que se aprendem os idiomas do universo. Não se adquire o conhecimento de novas línguas automaticamente; o aprendizado é do mesmo modo que se faz aqui em Urantia, nosso mundo de origem. O primeiro estudo de línguas nos mundos das mansões é o idioma de Satânia, que se inicia ainda no terceiro mundo das mansões; depois o idioma de Nébadon (composto por 48 caracteres), que se estuda no quarto mundo. E assim, antes de deixarem esse mundo, já terão dominado os dois idiomas.
e. O quinto mundo das mansões
É neste mundo que se começa a estudar o idioma do Superuniverso de Orvônton (composto por 70 caracteres), pois antes de se tornarem um cidadãos de Jerusém é necessário conhecer bem os três idiomas: de Satânia, nosso sistema; o de Nébadon, nosso universo local; e de Orvônton, nosso superuniverso.
É nesse mundo que dá início à consciência de uma cidadania cósmica, um ponto de vista universal, que resulta em sincero entusiasmo pela ascensão a Havona. Esse é verdadeiramente um momento de expansão de horizontes. O estudo passa a ser voluntário, o serviço altruísta se torna natural e a adoração, espontânea.
A passagem para o quinto mundo das mansões representa um imenso passo à frente na vida de um ser em progresso moroncial. A experiência nesse mundo é uma verdadeira antecipação da vida em Jerusém. Nesse mundo começaremos a visualizar quão elevado é o destino dos mundos evolucionários, desde que possam progredir normalmente até esse estágio, durante o seu desenvolvimento planetário natural.
Na quinta mansônia, inicia-se o aprendizado sobre os mundos da constelação, que é a próxima etapa na carreira evolucionária.
f. O sexto mundo das mansões
O sexto mundo marca o início da preparação para a etapa da carreira espiritual, e começa a instrução na técnica de administração universal.
A fusão com o Ajustador do Pensamento geralmente ocorre neste mundo, porém esse acontecimento pode se dar ainda no mundo de origem ou pode adiar-se, às vezes, até a chegada a Jerusém, capital do sistema, ou mesmo à Edêntia, capital da constelação. Porém depois da fusão não há mais dúvidas de que o ascendente prosseguirá até chegar ao Paraíso.
Logo após a confirmação da fusão, esse novo ser moroncial é apresentado pela primeira vez aos seus companheiros com o seu novo nome. E lhe são concedidos quarenta dias de retiro espiritual, um descanso de todas as atividades rotineiras.
À medida que forem deixando para trás os mundos de mansões e os vestígios grosseiros da origem animal, tornar-se-ão mais e mais adoráveis. As grandes atribulações passadas nessa vida transformam os seres, deixando-os mais amáveis, compreensivos, compassivos e tolerantes.
g. O sétimo mundo das mansões
Existe uma diferença entre os seres que habitam mundos normais, em Era de Luz e Vida, e os seres que habitam mundos retrógrados como o nosso, mas no sétimo mundo desaparecem todas essas diferenças que havia entre os procedentes de planetas de Luz e Vida e os originários de mundos isolados e retardados. Nesse mundo purgam-se todos os traços decorrentes de um meio-ambiente insalubre e de tendências planetárias não-espirituais. Dá-se início a uma nova adoração, mais espiritual, do Pai Invisível.
Dentro de certos limites, um ser ascendente pode escolher permanecer no sétimo mundo das mansões, com o propósito de esperar por um membro retardatário, seja do seu mundo de origem ou de um mundo mansão, o alcance; ou seguir imediatamente à próxima etapa da existência, como progressores moronciais.
No momento da partida, todos se reúnem no mar de cristal, com o intuito de dar o adeus a esses seres evolucionários. Centenas de milhares de vezes puderam visitar Jerusém, mas dessa vez partirão como residente da capital e não apenas como visitante. É uma despedida emocionante.
h. O berçário probatório
No mundo de transição número um, está situado o berçário probatório. É uma espécie de creche que recebem as crianças que morrem nos mundos evolucionários do tempo e do espaço, antes da aquisição do status individual nos registros do universo. Esses pupilos, filhos de mortais ascendentes, são re-personalizados exatamente como no seu status físico à época da sua morte, exceto pelo potencial de reprodução. Esse despertar ocorre na hora exata da chegada do progenitor no primeiro mundo das mansões. E a essas crianças são dadas todas as oportunidades de escolher o seu caminho celeste, exatamente como elas teriam escolhido nos mundos onde a morte tão prematuramente terminou com as suas carreiras.
Os Ajustadores vêm residir nessas crianças materiais exatamente como nos mundos do tempo, aos 5 anos, 10 meses e 4 dias de idade. Após completar 16 anos, caso façam a escolha pela sobrevivência elas são transladadas para o primeiro mundo das mansões e começam suas ascensões ao Paraíso.
Quando a vida material houver findado o seu decurso, se não houver sido dada a preferência à vida ascendente, ou se essas crianças do tempo definitivamente decidirem contra a aventura de Havona, a morte termina, automaticamente, com as suas carreiras probatórias. Não há julgamento em tais casos; não há ressurreição depois dessa segunda morte. As crianças simplesmente voltam a ser como se nunca houvessem existido.
Mas se elas escolherem o caminho da perfeição do Paraíso, elas serão imediatamente preparadas para o translado até o primeiro mundo das mansões, onde muitas delas chegam a tempo de juntar-se aos seus pais, na ascensão a Havona. Após passarem por Havona e alcançarem as Deidades, essas almas já salvas, de origem mortal, constituem a cidadania ascendente permanente do Paraíso. Essas crianças que foram privadas da valiosa e essencial experiência evolucionária, nos mundos do seu nascimento mortal, não se incorporam aos Corpos da Finalidade.
i. Adoção de filhos
Todos os mortais sobreviventes que não experienciaram a paternidade nos mundos evolucionários devem adquirir essa experiência, que é essencial para a carreira evolucionária desses futuros finalitores nos lares dos Filhos Materiais de Jerusém ou nos berçários do sistema, localizados no primeiro mundo de cultura transicional de Jerusém, o mundo dos finalitores.
Os estudantes dos mundos das mansões que têm uma ou mais crianças no berçário probatório e que são deficientes quanto à experiência da paternidade, podem solicitar a permissão de um Melquisedeque para transferir-se temporariamente para o mundo dos finalitores, onde lhes é dada a oportunidade de funcionar como progenitores solidários dos seus próprios filhos e de outras crianças.
No primeiro mundo das mansões, todos os sobreviventes devem satisfazer aos requisitos da comissão de progenitores dos seus planetas nativos. A comissão atual de Urântia consiste de doze casais de progenitores, recentemente chegados, que tiveram experiências mortais de criar três ou mais crianças até a idade da puberdade. O serviço, nessa comissão, é rotativo e é de apenas dez anos, como regra. Todos aqueles que fracassam em satisfazer às exigências dessa comissão, quanto à sua experiência de progenitores, devem qualificar-se posteriormente, prestando serviço, nos lares dos Filhos Materiais, em Jerusém ou, em parte, no berçário probatório no mundo dos finalitores.
4. Progressores Moronciais
São os seres evolucionários, em avanço pelos mundos das mansões, as esferas do sistema, da constelação, até as esferas do universo são classificados como progressores moronciais. A progressão moroncial constitui parte do avanço contínuo do intelecto, do espírito e da forma da personalidade. Enquanto estiverem nos domínios do universo local, ainda serão seres moronciais. Somente após o ingresso no regime do superuniverso, que se inicia a carreira do espírito.
a. Jerusém
Jerusém é uma esfera artificial composta por construções materiais, moronciais e espirituais. Tem sete capitais maiores e setenta centros administrativos menores. Essas construções tem formatos distintos, entre eles, os quadrados (executivo-administrativo), os retângulos (nativos inferiores), os triângulos (áreas administrativas) e os círculos (não-nativos). Essas construções de formas piramidais são comuns em todo o Nébadon.
O quilômetro-padrão de Jerusém é equivalente a cerca de onze quilômetros de Urântia. O peso-padrão é o gradante e representa quase exatamente 280 gramas do nosso peso. O dia de Satânia iguala-se a quase três dias do tempo de Urântia, o nosso dia tem 24 horas, o de Jerusem tem 70 horas, 55 minutos e 45 segundos, este sendo o tempo da rotação de Jerusém em torno do próprio eixo. Um ano no sistema de satânia consiste de cem dias de Jerusém.
A temperatura, à luz plena, é mantida em torno de 21 graus Celsius, enquanto, durante o período de recesso de luz, ela cai até um pouco abaixo dos 10 graus.
Não há dias e noites, não há estações de calor e de frio. Os transformadores de poder mantêm cem mil centros de onde as energias rarefeitas são projetadas para o alto, através da atmosfera planetária, passando por algumas modificações, até que alcancem um teto elétrico de ar da esfera; e então essas energias são refletidas de volta para baixo, na forma de uma luz suave, filtrada e uniforme, com a mesma intensidade, aproximadamente, da luz do sol em Urântia, quando o sol está brilhando, às dez horas da manhã.
Não há cadeias de montanhas, pois não há terremotos, chuvas, furacões nem movimentos sísmicos. Há milhares e milhares de pequenos lagos, mas não há rios turbulentos nem oceanos imensos.
O monte Seraf é o ponto mais elevado em Jerusém, com quase quatro mil e quinhentos metros de altitude; e é o ponto de partida de todos os serafins de transporte. Um transporte seráfico parte a cada três segundos do tempo de Urântia, durante o período iluminado. Os transportes chegam ao campo de cristal, o chamado mar de vidro.
A palavra céu, como vem sendo usada em Urântia, algumas vezes tem designado os sete mundos das mansões, o primeiro mundo das mansões sendo denominado primeiro céu, e assim por diante, até o sétimo.
b. Edêntia
É a sede central da Constelação de Norlatiadeque, tem os seus setenta satélites de cultura socializante e de aprendizado, nos quais os seres ascendentes permanecem, depois de completarem, em Jerusém, o regime de mobilização, de unificação e de realização da personalidade.
Edêntia é, aproximadamente, cem vezes maior do que Urantia. As setenta maiores esferas que rodeiam Edêntia têm cerca de dez vezes o tamanho do nosso planeta, enquanto os dez satélites girando ao redor de cada um desses setenta mundos são aproximadamente do tamanho de Urântia.
De Edêntia são enviados os Filhos Materiais Adão Eva, e lá estão os mais belos jardins, e por isso o jardim que Adão e Eva viveu aqui era chamado de Jardim do Éden.
c. Sálvington
Sálvington é a Morada de Micael Sênior e capital do Universo Local de Nebadon, e está rodeada por 490 esferas que se dividem em grupos de 10. Em Sálvington cada ser ascendente receberá das mãos do Criador Micael um salvo-conduto para seguir adiante pelo Superuniverso como espírito de primeira etapa. Em Sálvington o homem é espiritualizado depois da sua socialização na constelação.
A identidade espiritual só é alcançada pouco antes de partir da capital do universo local em direção aos mundos de recepção dos setores menores. Passar do estado moroncial para o mais baixo nível do espírito é uma ligeira transição. A mente, a personalidade e o caráter permanecem imutáveis durante esse avanço; apenas a forma passa por uma modificação, mas a forma do espírito é tão real quanto o corpo moroncial, e é igualmente discernível.
O dia-padrão de Nébadon é igual a dezoito dias e seis horas do tempo de Urântia, mais dois minutos e meio.
5. Pupilos do Superuniverso
São caracterizados pertencentes a esse estágio de evolução espiritual os ascendentes que chegam aos mundos de aperfeiçoamento do superuniverso; passaram pela vida moroncial do universo local e agora são recebidos como espíritos de primeira etapa.
Esses espíritos jovens dão início à ascensão dentro do sistema de educação e de cultura do superuniverso, que se estende desde as esferas de recepção dos seus setores menores, passando pelos mundos de estudo dos dez setores maiores e daí para as esferas culturais mais elevadas da sede central do superuniverso.
Há três ordens de espíritos estudantes: dos setores menores, dos setores maiores e das sede central do superuniverso. Os espíritos ascendentes continuam aprendendo e praticando tudo o que absorveram nas experiências anteriores.
Antes de deixar os domínios do superuniverso, esse espírito recebe uma instrução completa sobre a administração; e o seu principal estudo é o da administração do universo local e do superuniverso.
A finalidade de toda essa experiência e o aprendizado no campo da administração não se mostra ainda totalmente claro; porém, esse aperfeiçoamento é sábio e necessário, sem dúvida, tendo em vista o possível destino futuro, como membros do Corpo de Finalidade.
a. U-Menor, a Terceira
Sede central do Setor Menor Ensa, é cercada pelas sete esferas dos estudos físicos superiores da vida ascendente.
b. U-Maior, a quinta
Sede Central do Setor Maior Esplândon é cercada pelas setenta esferas de instrução intelectual avançada do superuniverso.
c. Uversa
Uversa, a capital de Orvônton é cercada, diretamente, pelas sete universidades mais elevadas do aprendizado espiritual avançado para as criaturas volitivas ascendentes.
Cada um desses sete grupos de esferas maravilhosas consiste em setenta mundos especializados, contendo milhares e milhares de instituições e organizações completas, devotadas à instrução universal e à cultura espiritual, nas quais os peregrinos do tempo são reeducados e reexaminados no preparo para o seu longo vôo até Havona. Os peregrinos do tempo, ao chegarem, são sempre recebidos nesses mundos interligados; os graduados que partem, no entanto, são despachados para Havona, sempre, diretamente das margens de Uversa.
Uversa é a sede central espiritual e administrativa de aproximadamente um trilhão de mundos habitados e habitáveis. A glória, grandeza e perfeição da capital de Orvônton ultrapassa qualquer uma dentre as maravilhas das criações do tempo e do espaço.
6. Peregrinos de Havona
Quando o desenvolvimento do espírito está completo, ainda que não esteja repleto, o mortal sobrevivente prepara-se para o longo vôo até Universo Central e Eterno de Havona.
No início, uma criatura de carne e sangue torna-se num ser moroncial ao passar pelo universo local; ao cruzar o superuniverso, transforma-se em espírito; e na chegada aos mundos de recepção de Havona é que a educação espiritual, realmente começa; e somente quando chegar ao Paraíso tornar-se-á um espírito perfeccionado.
Após as formalidades da chegada a Havona, será concedido um longo período de lazer, é a oportunidade para procurar amigos, companheiros e colaboradores dessa longa experiência de ascensão. Também é possível consultar as transmissões, para certificar-se sobre quais peregrinos já partiram para Havona.
Como mortal ascendente fora minuciosamente instruído sobre os assuntos dos mundos evolucionários do espaço, agora começa um longo e proveitoso contato com as esferas de perfeição. É a preparação para um trabalho futuro, único e extraordinário! Pouco, ou quase nada, pode ser dito sobre Havona; cada um terá de ver esses mundos para apreciar a sua glória e compreender a sua grandeza.
Havona, o universo central, não é uma criação no tempo; tem uma existência eterna. Este universo, sem começo e sem fim no tempo, consiste em um bilhão de esferas de perfeição sublime e é rodeado de enormes corpos escuros de gravidade.
7. Os que Chegam ao Paraíso
O último repouso do tempo foi desfrutado, o último sono de transição foi experienciado, agora ao despertar para a vida perpétua, às margens da morada eterna não haverá mais sono. Não haverá noite, e não necessitará da luz de nenhum sol, pois a Grande Fonte e Centro iluminará.
Ao chegar ao Paraíso dar-se-á o início de um curso progressivo sobre a divindade e a absonitude. Contudo, parece ainda não haver um emprego específico ou estabelecido para o Corpo Mortal de Finalitores, embora eles sirvam, em muitas funções, nos mundos estabelecidos em luz e vida.
Residir no Paraíso significa encontrar a Deus, e que se deve ser incorporado ao Corpo Mortal de Finalidade. De todas as criaturas do grande universo, apenas as que se fusionam com o fragmento do Pai, o Monitor Divino, podem fazer parte do Corpo Mortal de Finalidade.
Esses seres evolucionários ascendentes cumpriram plenamente a ordem do Pai: "Sede perfeitos". Ascenderam pelo caminho universal da realização mortal, encontraram a Deus e foram devidamente aceitos no Corpo de Finalidade.
Um resumo do caminho já percorrido:
- A vida no planeta de origem;
- A ressurreição nos mundos das mansões. (correção das deficiências);
- Jerusém, a sede do sistema de Satânia;
- Sálvington, a sede do universo local de Nébadon;
- Ao sair de Sálvington e ingressar nas escolas do Setor Menor esse ser ascendente é um espírito de primeira ordem;
- Ao avançar pelo Setor Maior torna-se um espírito de segunda ordem;
- Nos mundos centrais de aperfeiçoamento do Superuniverso passa à terceira ordem;
- Torna-se um graduado ou espírito quartenário ao atingir o sexto círculo de Havona;
- Ao chegar no Paraíso encontra-se com o Pai Universal e atinge o status de espírito de quinta ordem;
- Depois disso, atinge o sexto estágio de existência do espírito, ao fazer o juramento que o admite para sempre no Corpo de Finalidade, e torna-se um residente do Paraíso;
"Consideramos que os seres humanos tenham direito de compartilhar das nossas opiniões; e que sois livres para conjecturar junto conosco a respeito do mistério do destino último do Corpo de Finalidade do Paraíso. Parece-nos evidente que as designações atuais das criaturas evolucionárias perfeccionadas sejam parte da natureza dos cursos de pos-graduação, na compreensão do universo e na administração do superuniverso; e todos nós perguntamos: "Por que estariam os Deuses assim empenhados em treinar, de modo tão aprofundado, os mortais sobreviventes nas técnicas de governo do universo?"
" ...Supomos que o outorgamento da graduação, dado aos mortais do Corpo de Finalidade, enquanto sétimo espírito, será simultâneo ao seu avanço no compromisso eterno de serviço, em esferas até então não registradas nem reveladas, e concomitante com o seu alcance de Deus, o Supremo. Mas à parte essa conjectura ousada, realmente não sabemos muito mais do que vós sobre isso; o nosso conhecimento sobre a carreira mortal não vai adiante do seu destino atual no Paraíso." [doc 31, pág 348]
A Segunda Morte
A paz nesta vida, a sobrevivência na morte, a perfeição na próxima vida, o serviço na eternidade; tudo isso é realizado (em espírito) desde agora, quando a personalidade da criatura consente, escolhe sujeitar a vontade da criatura à vontade do Pai.
Porém cada um deve fazer sua própria escolha, seguir o caminho do Paraíso, sujeitar-se à Vontade do Pai, ou o caminho do pecado e da iniqüidade. A maior punição que uma alma pode sofrer, na verdade, uma conseqüência inevitável para o erro e a rebelião deliberados, contra o governo de Deus, é a perda da existência. O resultado final do pecado pleno e deliberado é o aniquilamento.
Aqueles que se identificam com o pecado já destruíram a si próprios. Mesmo feita a escolha do mau caminho, o aniquilamento é sempre retardado. O fim da existência pode ser decretado somente pela ação coordenada de todos os tribunais da jurisdição, que vão desde o conselho planetário, passando pelas cortes dos Filhos Criadores, até os tribunais de julgamento dos Anciães dos Dias. Quando uma sentença é finalmente confirmada, é como se o ser não tivesse existido. Não há volta nesse processo; a decisão é definitiva e eterna.
Os valores espirituais experimentados por tal criatura, que seja acometida pelo aniquilamento, sobrevivem com o Ajustador.
O mal, o pecado e a iniqüidade são, inerente e automaticamente, suicidas. Tais atitudes só sobrevivem no universo apenas em razão da tolerância misericordiosa transitória que depende e aguarda a ação determinante nos mecanismos da justiça e da equanimidade da parte dos tribunais que buscam encontrar o juízo da retidão no universo.
Etapas Posteriores
Possibilidades para um Peregrino Ascendente no futuro:
- Manter-se nas redondezas do Universo Local, caso fusione-se com o fragmento do Espírito;
- Manter-se no Superuniverso, caso fusione-se com um fragmento do Filho;
- Tornar-se um residente do Paraíso e fazer parte do Corpo da Finalidade caso fusione com um fragmento do Pai, o
- Ajustador;
- Tornar-se um Filho Trinitarizado, se abraçado pela Trindade;
- Tornar-se um Mensageiro Poderoso, se perfeccionado por um teste definitivo e irrevogável de fidelidade ao Pai;
- Tornar-se um Elevado em Autoridade, se demonstrarem capacidade superior de administração e gênio executivo extraordinário;
- Outras possibilidades futuras;
Brasília, 20 de Agosto de 2004
[Assunto do workshop realizado pela UAB - Urântia Associação do Brasil, em conjunto com o Congresso "Discutindo a morte e vida após ela" que foi promovido pelo Fórum Mundial Espírito e Ciência, em 21 de Outubro de 2004.]
Este trabalho utiliza citações do Livro de Urantia © 1955 Urantia Foundation
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